Ministério Grão De Trigo

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SEMENTES

NÃO OBSTANTE

Capítulo 1

Sementes, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: NÃO OBSTANTE (Capítulo Atual)

Capítulo 2: O BATISMO COM FOGO

Capítulo 3: A SUBSTÂNCIA DE FE

Capítulo 4: O CAMINHO DE CAIM

Capítulo 5: FRUTIFICANDO

Capítulo 6: O SACERDOCIO

Capítulo 7: O SETIMO DIA

Capítulo 8: A ESPADA E O REINO

Capítulo 9: TRES PRINCIPIOS ESSENCIAIS

Capítulo 10: AMOR DE DEUS

Capítulo 11: VOCE ESTA ENGANADO?

Capítulo 12: O VERDADEIRO MINISTERIO



PREFÁCIO

Este livro e uma colecao de escritos feitos durante os ultimos 35 anos. Alguns destes artigos foram publicados como panfletos e enviados esporadicamente com nossas noticias pelo correio aos interessados.

Alguns dos escritos mais antigos foram revisados antes de entrar neste livro. Por exemplo, enquanto estava revisando algumas partes de mensagens, achei os conteudos um pouco severo ou “zelosos” demais.

Esse problema foi detectado principalmente nos capitulos “Frutificando” e “O Amor de Deus.” Consequentemente, foi feito um esforco em mudar o tom desses escritos para corresponder melhor com o que agora sentimos expressar melhor o coracao de Deus.

No caso de “Voce Esta Enganado?”, este capítulo sofreu uma revisao bastante radical. Muita coisa nova foi adicionada tornando-o, assim, muito diferente. So a parte final sobreviveu ao corte.

Este volume representa muito tempo, esforco e busca pelo Senhor. Esta sendo oferecido com a intencao de edificar o corpo de Cristo e a preparar para a vinda Dele. E a oracao de todos os envolvidos com este ministerio que o leitor ache, nessas paginas, bastante edificacao e bencao.

David W. Dyer



Capítulo 1: NÃO OBSTANTE


No livro de Deuteronômio, no Velho Testamento, nos aprendemos que, enquanto os Filhos de Israel se preparavam para entrar na terra de Canaã, Deus deu a eles algumas instruções especificas. Entre estas diretivas estava uma exortação referente a adoração.

Veja, os habitantes da terra, que estavam sendo substituídos pelo povo de Israel, tinham certos hábitos de adoração que Deus ordenou ao Seu povo para não imitar. Parece que, quando os cananeus viram um confortável arvoredo ou um lugar bonito e elevado, escolhiam esse lugar para erigir seus ídolos. Esses lugares, naturalmente agradáveis e destacastes, tornavam-se o centro de sua adoração idolatra – os “bosques” e os “lugares altos.”

A respeito destas coisas, Deus lhes ordenou: “Vocês destruirão totalmente todos os lugares em que as nações que vocês irão desapossar serviam aos seus deuses, sobre as altas montanhas e sobre as colinas e debaixo de toda arvore frondosa.” “Vocês não devem fazer assim para o Senhor Seu Deus” (Dt 12:2,4). O Senhor deixou perfeitamente claro que eles não tinham liberdade de utilizar esses locais. Ele disse: “Guarda-te para que não ofereces teus holocaustos em cada lugar que vires, mas no lugar que Deus escolher ...ali vocês devem oferecer seus holocaustos e ali devem fazer tudo o que eu ordeno a vocês” (Dt 12:13,14).

Deus tinha em mente um tipo definido de adoração para Seu povo. A verdadeira adoração do Velho Testamento devia ser centralizada em torno de um lugar especifico, determinado. Novamente Ele os admoesta, dizendo: “Quando vocês cruzarem o Jordão ...haverá um lugar que o Senhor Seu Deus escolhera para ali fazer habitar Seu nome. Para ali vocês deverão trazer tudo o que Eu vos ordenar: seus holocaustos, seus sacrifícios, seus dízimos, a oferta alçada de suas mãos e todas as ofertas escolhidas que vocês dedicarem ao Senhor” (Dt 12:10,11).

De acordo com as sagradas escrituras, o povo de Deus não era livre para selecionar e escolher seus próprios lugares e maneiras de louvar. Ninguém era livre para fazer “...o que e correto aos seus próprios olhos” (Dt 12:8). Em vez disso, havia uma limitação definida, especifica, imposta a eles. Seu louvor deveria ser feito em um lugar determinado. (Dt 12:5-7).

Claro que a maior parte de vocês, leitores, estão cientes do fato de que o lugar, enfim, escolhido por Deus para este propósito era o Monte Moria, na cidade de Jerusalem. Foi la que o rei Salomão construiu o templo, era aquele “lugar” que Deus honrava com Sua presença (2 Cr 5:13,24) e foi aquele local que se tornou o centro de toda verdadeira adoração judia.

Não obstante, assim como a maioria das outras instruções de Deus, o povo judeu não obedeceu Sua ordem. Antes da construção do templo em Jerusalem, o Tabernáculo era o lugar designado para a adoração. Em vez de enfrentar todos as dificuldades da jornada para o lugar onde o Tabernáculo foi erigido, eles começaram a utilizar os velhos e convenientes locais dos cananeus. Com o passar de tempo, esta se tornou a pratica comumente aceita (1 Rs 3:2).

Logo, mesmo os lideres, que deveriam ter tido melhor conhecimento, foram levados a esta apostasia. Samuel fez sacrifícios em Rama e Gilgal (1 Sm 7:17; 11:15). Salomão não apenas louvou em muitos lugares altos diferentes incluindo Gibeom (1 Rs 3:3,4) como chegou a ir mais longe, construindo ídolos para suas esposas estrangeiras (1 Rs 11:7).

(Aqui e importante compreender que, mesmo que os israelitas fossem a esses locais para sacrificar, eles não estavam necessariamente reverenciando ídolos. Embora o pecado da idolatria certamente ocorreu, parece que os judeus frequentavam esses “lugares altos” em busca do Deus verdadeiro. Suas intenções pareciam ser corretas, embora seus atos estivessem errados).

Agora, como tal coisa se aplica a nos hoje? Nos aprendemos que toda escritura nos e dada para nosso beneficio. Então parece razoável que esta advertência referente ao lugar especifico para o louvor deve ter alguma aplicação em nossa situação atual. Para compreender a resposta aqui, precisamos saber que muitas das instruções religiosas do Velho Testamento são, na verdade, tipos ou “sombras” de uma futura realidade espiritual.

O cordeiro oferecido na Páscoa dos judeus e um dos mais óbvios exemplos disso, claramente apontando para o sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. No que diz respeito a nossa presente discussão sobre o lugar adequado a adoração, o Novo Testamento também nos fornece a execução desta tipologia.

Como era sob o velho pacto, assim e no novo. Deus nos instruiu acerca de um lugar definido para a adoração. Ha um lugar especifico ordenado por nosso Senhor, onde nos devemos adorar se somos obedientes e queremos agrada-Lo. O próprio Jesus revelou esta verdade em Sua discussão com uma mulher samaritana. Quando ela O questionou sobre o centro religioso de Jerusalem, Ele respondeu: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em Espirito” (Jo 4:23).

Aqui esta o local! Aqui esta o cumprimento espiritual do modelo terreno! A verdadeira adoração deve hoje ser feita em Espírito ou sera feita em desobediência a Jesus. Paulo, o apostolo, confirma isso em Filipenses 3:3, onde ele diz: “Porque nos e que somos a circuncisão, nos que adoramos a Deus no Espírito e nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne.”

OS LUGARES ALTOS

Então, se a cidade de Jerusalem simboliza para nos o lugar apropriado para a adoração – que hoje significa estar no Espirito – como podemos compreender o significado do aviso contra o uso dos lugares altos?

Os bosques e os lugares altos são símbolos de outros “lugares” nos quais o louvor pode ser feito. Eles são um substituto para a verdade. Eles são as substituições religiosas para a verdadeira adoração espiritual. Esses são os ornamentos terrenos que nos fornecem uma “forma de religião”, mas que são destituídos do poder do Espírito Santo (2 Tm 3:5). Eles oferecem aos cristãos de nossos dias um modo conveniente e socialmente aceitável de prestar culto que não exige que eles tenham um relacionamento intimo e espiritual com Deus.

Parece interessante parar um momento aqui e discutir alguns dos mais comuns desses atuais “lugares altos” no intuito de oferecer uma compreensão mais clara de nosso assunto. Mas, antes de prosseguirmos, devo avisa-lo que estas coisas podem ofender voce. Entretanto, se voce escolher continuar a ler, por favor, faca todo o possível para desejar ouvir de Deus e mudar qualquer de suas atividades que se revelem como desagradáveis a Ele.

Alguns dos itens que hoje fornecem uma substituição para a realidade espiritual em encontros cristãos são: liturgias, rituais, formalidades, “serviços” pre-planejados, programas de musica, oratória, etc. e liderança e organização humana. Enfim, quaisquer atividades religiosas que oferecem ao homem uma alternativa para “estar no Espirito.” Elas são praticas que parecem religiosas, mas não requerem dos participantes um relacionamento real com Deus, qualquer obediência a Sua vontade ou qualquer desejo de viver pelo Espírito em vez da carne.

Eles são substitutos terrenos, humanos, para uma experiencia espiritual essencial. Eles são “lugares” ou meios de adoração comuns na Igreja de hoje, mas que são proibidos por Deus. Nenhuma outra adoração e aceitável a Ele, exceto aquela que Ele prescreveu. Verdadeiros adoradores devem adorar somente em Espirito. As pessoas tendem a supor (consciente ou inconscientemente) que, por se aproximar de Deus de uma forma particular, em um edifício especial ou de acordo com a orientação de um religioso, seu relacionamento com Deus sera intensificado. De fato, elas muitas vezes aprenderam, seja diretamente ou através de exemplos recebidos, que tais coisas são essenciais para a genuína adoração. Entretanto, o único lugar no qual a real comunhão com Deus e possível e em Sua presença. E estar em Sua presença requer nada mais que estejamos no Espirito.

Quando vamos a outros “lugares” para adorar, nos O substituímos por eles. Nos, ao longo do tempo, começamos a depender dessas praticas e desempenhos como garantia de que estamos em um relacionamento correto com nosso Salvador. Essas coisas, então, se tornam as estruturas de suporte para nosso Cristianismo, substituindo a necessidade de realmente andar em intimidade diária com Deus. Deste modo, a necessidade de estar no Espírito e sutilmente substituída pelas praticas religiosas superficiais.

Duvido que alguém questione o fato de que as pessoas podem participar das praticas acima mencionadas mesmo sem serem verdadeiros crentes. O que não parece ser tao aparente e que cristãos não podem louvar nesses outros “lugares” e estar agradando completamente a Deus ao mesmo tempo.

Não estamos “O.K.” com Ele se nos envolvemos em formalidades religiosas que são isentas do Espírito Santo ou que roubam Dele o Seu lugar legitimo. Do mesmo nível que nos fazemos o que e correto aos nossos próprios olhos e participamos de louvores não espirituais, nos, simultaneamente, colocamos Deus de lado. Quando louvamos nesses outros “lugares,” nos negligenciamos Sua autoridade e desobedecemos Seus claros mandamentos.

VERDADEIROS ADORADORES

Para melhor compreender essas afirmações, talvez aqui seja necessário investigarmos juntos sobre a adoração verdadeira e espiritual. Primeiramente, para adorar no Espirito, precisamos ser nascidos do Espirito. Nenhum grau de instrução, rituais de Igreja ou laços familiares ira nos beneficiar. So aqueles que realmente nasceram “do alto” (tem a vida de Deus gerada neles) podem se empenhar na verdadeira adoração (Jo 3:5,6).

Em segundo lugar, um adorador genuíno deve estar “cheio” do Espírito Santo. Se realmente queremos entrar no Espirito, e necessário nos abrirmos para sermos preenchidos pelo Espírito Santo.

Em terceiro lugar, para ter verdadeira adoração precisamos ser dirigidos pelo Espírito Santo. Este e, talvez, o item mais negligenciado na igreja hoje. Se desejamos estar no Espirito, mas não seguimos estritamente a liderança do Espírito em nossos cultos, estamos nos iludindo. Não podemos permanecer em Sua presença enquanto rejeitamos Sua autoridade.

Devemos ser extremamente sensíveis a Sua liderança se desejamos adorar no lugar que Ele escolheu para colocar Seu nome. Jesus não e um observador de nossa adoração, mas deve ser o líder e o Sumo sacerdote dela.

Este ultimo item e precisamente onde todos os outros “lugares” religiosos de adoração falham no teste. Por exemplo, quando a “ordem de adoração” e estabelecida antecipadamente, Deus e desprovido de Sua oportunidade de liderar.

Quando simplesmente seguimos rituais e repetimos certas coisas, a presença viva e a autoridade de Jesus não são colocadas em seu devido lugar. Se simplesmente nos sentamos no culto, observando outros executarem varias cerimonias e entretenimentos, Sua legitima liderança e negada.

Envolvendo-nos nestas coisas nos bloqueamos a autoridade do Espírito Santo. Nos O limitamos pelas nossas praticas humanas. Em essência, nos dizemos a nosso Senhor: “Nos vamos adorar aqui, deste modo, e se voce quiser se manifestar em nosso meio, voce tem que se ajustar como puder.” Nos escolhemos nossos próprios “lugares” de adoração.

Alguns podem tentar se opor a essa afirmativa insistindo em que Deus certamente pode nos direcionar a arrumar as coisas antecipadamente. Por exemplo, Ele pode dar a um ou dois homens uma mensagem para os demais. Certamente que isso e verdade. Deus pode e as vezes nos prepara de maneira especifica, para a nossa adoração em conjunto. Mas isto não justifica o fato de que a maioria dos cristãos se encontra semana após semana, ano após ano, da mesma maneira, usando a mesma liturgia, cantando canções do mesmo livro e passivamente ouvindo o mesmo pregador. Certamente toda essa vá religião não pode ser explicada pela simples verdade que Deus pode nos preparar espiritualmente antes de nossos encontros. E claramente um caso de escolhermos nossos próprios modos e meios de adorar. Tal comportamento e uma violação do mandamento de Deus.

Um encontro correto da igreja, um que esteja no Espirito, opera assim: verdadeiros crentes se reunem, abrem seus corações e suas reuniões e, então, Ele vem para preenche-los e para lidera-los em sua adoração. Nesta situação, cada um e capaz de ministrar sua parte pela liderança do Espirito (1 Co 14:26-30). Cada um fala, começa uma canção ou hino, profecia, etc, de acordo com Sua direção. Ninguém e livre para fazer sua própria vontade ou dominar os demais com seu dom ou ministério.

Deste modo, o que Deus tem revelado a cada um e as coisas grandiosas que Ele tem feito em cada vida sao compartilhadas com todos para a edificação de todos. O fornecimento de “cada junta” do corpo de Cristo e essencial para a verdadeira edificação do corpo (Ef 4:16).

Sim, ha liderança aqui. Haverá sempre aqueles mais maduros e sensíveis ao Espírito que podem e devem ajudar a manter tais reuniões no fluir do Espirito. De fato, isso e essencial para se manter a ordem e os propósitos de Deus. Mas isto também deve ser feito pela direção de Jesus, não por mãos humanas. Todo o possível devera ser feito para preservar o “lugar” de Deus em nossos encontros. Nos devemos adora-Lo no Espírito para que nossa adoração seja aceitável. Essa e a Jerusalem de hoje. E a adoração que Ele ordenou.

MUITOS REAVIVAMENTOS

No Velho Testamento nos temos o registro de muitos reavivamentos que ocorreram durante o tempo dos Juizes e dos Reis. Como ja vimos, os israelitas frequentemente se afastavam das ordens de seu Deus. Para contrariar esta propensão a apostatar, através de sua historia, Jeová orquestrou muitos reavivamentos. Varias vezes Ele levantou homens e mulheres que trabalharam para trazer a nação de volta a Deus e a obedecer Suas leis e estatutos. Entre esses que Deus usou para cumprir esta tarefa estão: Eude, Gideão, Debora, Davi, Asa, Josafá e Ezequias.

Esses indivíduos foram escolhidos e ungidos pelo Senhor para fazer trabalhos de restauração espiritual. Eles eram Seus instrumentos para derrubar ídolos, destruir os sodomitas e os falsos profetas e voltar o coração do povo novamente para seu Deus. E emocionante ler nos livros de Juizes, Reis e Crônicas, e ver como essas pessoas foram usadas pelo Senhor.

Ainda assim, no fim de muitos desses relatos de reavivamento, uma certa passagem aparece. Le-se algo assim: “Não obstante, os lugares altos não foram destruídos e o povo ainda queimou incenso nos lugares altos” (1 Rs 15:14, 22:44, 2 Rs 12:3; 14:4, 15:4,35).

Apesar do fato de que houve reavivamento, mesmo que muito do que estava no coração de Deus foi restaurado através do ministério desses indivíduos, havia sempre um item que permanecia sem cumprimento. Havia sempre esse “Não obstante... não obstante... não obstante...” Havia inevitavelmente uma falha ao alcançar o alvo e voltar completamente para tudo quanto estava no coração do Senhor. O povo de Deus ainda se apegava as formas proibidas de adorar.

UMA HISTORIA PROFETICA

Conforme leio estes relatos do Velho Testamento, não posso evitar a suspeita de que estas historias são como uma historia profética da Igreja Crista. Muito do que eles experimentaram e semelhante ao que estamos vivendo ou temos vivido desde que Jesus morreu. Parece que os cristãos, tanto quanto seus correlativos judeus, tem uma grande propensão para se afastar de Deus. Eles parecem ter uma tendencia profundamente enraizada para emigrar do espiritual para o natural, do celestial para o terreno. Não demorou muito para que as primeiras igrejas do Novo Testamento saíssem da liberdade de seu inicio glorioso com a experiencia do Espírito para a escravidão da lei e outras coisas religiosas superficiais.

E evidente nas Escrituras que Paulo, o apostolo, tinha que passar muito tempo contrariando tais tendencias. Sua ênfase sobre Cristo ser a substância, centro e preenchimento de todas as coisas era sempre ameaçada por aqueles que desejavam executar rituais e praticas externas.

Essa forte propensão ainda esta conosco hoje. Não temos que procurar muito longe ou arduamente para descobrir uma grande diversidade de modos de adorar em vez de uma simples abertura para o Espírito Santo e obediência a Ele. O lugar em que nosso Senhor estabeleceu Seu nome, o lugar único onde a verdadeira adoração pode ser aceitável a Ele, foi substituído por muitos e variados tipos de “lugares altos.” Oh sim, não ha duvida de que as pessoas ainda estão pretendendo adorar o único Deus verdadeiro com suas invenções e formulas. Talvez muitos deles tenham procurado evitar o pecado da idolatria. Por causa disso, e frequentemente difícil, para os crentes sem discernimento, compreender o que ha de errado com o que eles estão fazendo.

Mas para aqueles que conhecem o coração de Deus, este louvor tao terreno e uma fonte continua de tristeza. Em tais situações a realidade do Espírito Santo tem sido trocada por métodos, cultos organizados pelos homens e praticas vazias e terrenas. Estes são os “lugares altos” de hoje. Eles são um substituto para o tipo de adoração que Deus ordenou.

Não e de se admirar que tantas de nossas igrejas sejam tao fracas. Não se admira que nos estejamos produzindo bebes espirituais em vez de santos amadurecidos. Em vista de tudo isso, não e surpreendente ver que a Igreja não tenha evangelizado o mundo e que ela parece ter tao pouco poder contra os inimigos de Deus. Temos vivido em desobediência a Deus. Temos seguido nossas próprias ideias em vez das Dele. Temos escolhido nossos modos e meios de adorar e temos suposto que eles produziriam os mesmos resultados que os de Cristo. Mas Deus ordenou adoração espiritual por uma boa razão. So desse modo Ele pode ser tudo o que Ele deseja ser entre Seu povo. E so deste modo eles podem amadurecer para se tornar o que Ele deseja que sejam.

OS REAVIVAMENTOS DO CRISTIANISMO

Os dias dos profetas e dos reis não foram os únicos tempos de reavivamento. A Igreja Crista tem tido muitos. Uma rápida leitura da historia da Igreja confirmara prontamente este fato. So nos tempos recentes nos podemos lembrar nomes como Evan Roberts, Duncan Campbell, Charles Finney, John Wesley, George Whitfield, Andrew Murray, Charles Spurgeon e Dwight Moody, so para mencionar alguns. Todos esses homens e muitos outros fizeram trabalhos poderosos para Deus. Eles perceberam num relance algo mais do que era comumente praticado e empenharam-se seriamente em trazer de volta para Jesus os corações do povo. Deus os ungiu e os usou poderosamente para trazer uma compreensão renovada de Seu amor epoder para ambos: Sua Igreja e o mundo descrente.

Milhares foram salvos nestes reavivamentos e um numero incontável foi tocado pelo Espírito de Deus. Houve, todavia, em muitos aspectos, uma falha de alcançar as Suas intenções mais profundas. Muitas vezes ocorreram verdadeiros reavivamentos. Não obstante, as estruturas superficiais humanas nao foram desmontadas e o povo ainda se apegou as praticas religiosas sem conteúdo verdadeiramente espiritual. Os outros “lugares” de adoração foram deixados intactos.

E verdade que Martinho Lutero e outros homens de Deus fizeram um progresso considerável em relação a aridez e decepção da religião formal. Embora, quase inevitavelmente, não houve um rompimento completo. A restauração de volta para o coração de Deus, para a adoração conduzida pelo Espirito, não foi levada ate o final. Para estar completamente justo, e preciso afirmar que algum progresso tem sido alcançado neste sentido na recente historia da Igreja. Muitos grupos tem introduzido uma certa dose de liberdade espiritual em seus encontros, especialmente durante tempos de louvor e de cânticos. Esses movimentos são muito recomendáveis. Esta direção deveria ser aplaudida e encorajada. Entretanto, e ainda extremamente raro encontrar uma reunião de cristãos onde e permitido ao Espírito Santo, completa liberdade e autoridade total.

Normalmente, depois de um tempo de “louvor”, os encontros tendem a reverter para seguir formas e programas ou ser dominado por um ou dois lideres. Isto resulta na limitação da autoridade de Jesus, em sufocar o Espírito e “o lugar” de Deus se perde. Tal restauração e incompleta porque ainda deixa intactos os arvoredos e os lugares altos.

O MINISTERIO DE JOSIAS

Durante o período de Reis, so Josias seguiu o Senhor completamente neste assunto. Lemos “Antes dele não houve rei que lhe fosse semelhante, que se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma, e de todas as suas forcas, seguindo toda a lei de Moises; e depois dele nunca se levantou outro igual” (2 Rs 23:25).

Ele não apenas removeu os ídolos, queimou as imagens de madeira, interrompeu a pratica de ritual prostituição e destruiu altares de idolatria, mas ele também acabou com os lugares altos (2 Rs 23:8 e 2 Cr 34:3).

Finalmente Deus tinha encontrado um homem que fazia tudo o que estava em Seu coração e executava Seus julgamentos. Finalmente Ele tinha encontrado alguém puro, completamente livre de tudo o que havia ocupado o lugar de Seus mandamentos.

Gloria a Deus! Não mais “não obstante... não obstante... não obstante..." Não mais restaurações parciais. Não mais medidas medianas. Aqui, finalmente, o que Deus almejava foi totalmente cumprido e o que Ele havia ordenado foi inteiramente obedecido. Que tempo abençoado de reavivamento foi este! Mesmo a observação da “Páscoa" foi novamente instituída e o povo aproveitou um tremendo tempo de festas diante do Senhor” (2 Rs 23:22).

Agora, voce não acha que Deus pode desejar algo semelhante a isto hoje? Voce não supõe que uma completa restauração dos encontros da verdadeira igreja espiritual e algo que esta em Seu coração? Nosso Deus e o mesmo, ontem, hoje e para sempre. Seus planos e propósitos não mudaram. Ele pode tolerar o comportamento desviado de Seu povo. Ele pode permitir a continuação de uma condição de mistura e de impureza. Ele certamente continua a nos amar e a nos guiar.

Mas não e certo que, no intimo de Seu coração, Ele deseja algo muito maior do que isto?Como Ele deve ansiar por ser obedecido e entronizado completamente entre seu povo!

Queridos amigos, vinho novo não se guarda em odres velhos. O fato de Deus nos permitir seguir nossos próprios caminhos e frequentemente nos abençoar mesmo quando não somos inteiramente obedientes, não muda o que esta em Seu coração. Não podemos nos desculpar so porque o que estamos praticando e o mesmo que todo mundo faz.

Creio firmemente que antes que Jesus venha de novo, Ele gostaria de purificar Seu povo. Ele gostaria de limpar Seu templo de todas as coisas que O ofendem. Ele gostaria de estabelecer entre nos uma adoração pura que seja completamente aceitável a Ele.

Finalmente, gostaria de sugerir que Deus esta, exatamente agora, procurando por alguém que seja inteiramente obediente, alguém que se levante e fique firme para Ele. Não ha duvida de que Deus esta procurando os Josias’ de hoje.

Final do Capítulo 1

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: NÃO OBSTANTE (Capítulo Atual)

Capítulo 2: O BATISMO COM FOGO

Capítulo 3: A SUBSTÂNCIA DE FE

Capítulo 4: O CAMINHO DE CAIM

Capítulo 5: FRUTIFICANDO

Capítulo 6: O SACERDOCIO

Capítulo 7: O SETIMO DIA

Capítulo 8: A ESPADA E O REINO

Capítulo 9: TRES PRINCIPIOS ESSENCIAIS

Capítulo 10: AMOR DE DEUS

Capítulo 11: VOCE ESTA ENGANADO?

Capítulo 12: O VERDADEIRO MINISTERIO