Ministério Grão De Trigo

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DEIXE O MEU POVO IR!

POSFÁCIO

Deixi Meu Povo Ir, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: UMA VISÃO CELESTIAL

Capítulo 2: A SUBSTÂNCIA DA IGREJA

Capítulo 3: A FORMA DA IGREJA

Capítulo 4: ONDE DEUS MORA

Capítulo 5: LIDERANÇA NA IGREJA

Capítulo 6: DEIXE O MEU POVO IR!

Capítulo 7: A UNIDADE DA IGREJA

Capítulo 8: COMPROMISSO

Capítulo 9: REUNIÕES

Capítulo 10: VIVENDO EM AMOR

Capítulo 11: COISAS QUE DESTROEM

Capítulo 12: CONSTRUINDO SOBRE A FUNDAÇÃO

POSFÁCIO (Capítulo Atual)





POSFÁCIO


À medida que diferentes irmãos e irmãs, em várias partes do mundo, foram lendo os primeiros esboços deste livro, tive o privilégio de receber vários tipos de comentários. Talvez, surpreendentemente, a maioria das respostas tenha sido positiva. Parece que homens e mulheres de toda parte do mundo estão ávidos por esse tipo de experiência de Igreja. Um número incontável de pessoas está insatisfeito com a atual condição da Igreja de Jesus e está procurando por algo que seja mais eterno e edificante espiritualmente.

No entanto, parece haver uns poucos que ainda têm problemas com a idéia de uma libertação completa de toda liderança humana e institucional. Eles parecem sentir que deve haver um pouco de autoridade posicional no corpo de Cristo, para que as coisas não escapem ao controle ou para lidar com algumas situações especiais. A idéia de uma completa ausência de qualquer figura de autoridade humana parece-lhes impensável.

Essas afirmações são normalmente sustentadas em alguns versículos bíblicos que já examinamos anteriormente neste livro. Era minha esperança que as explicações oferecidas aqui e uma melhor tradução desses versículos já mostrados fossem adequados para saciar as mentes e os corações daqueles que estão genuinamente interessados em obedecer ao Senhor nessas questões.

Entretanto, já que esse é um assunto muito importante, parece bom tocar nele brevemente ainda no final do livro.

A prática da autoridade humana posicional não pode ser bíblica, por várias razões essenciais, talvez ainda não totalmente esclarecidas. Primeiramente, ela viola o princípio de que Jesus é a única fonte de Vida de Seu corpo. Qualquer coisa que se origine de alguma outra fonte – por exemplo uma figura de autoridade humana – não pode produzir algo que tenha valor espiritual. Ao contrário, é um sério engano. É um ato que, embora possa parecer bom, produz somente obras de madeira, palha e feno.

Esse fato é muito importante. É um princípio essencial, inalterável. Apenas a “fonte de Vida” faz surgir a nova criação. Todas as outras fontes, não importa quão boas, corretas ou “qualificadas” possam parecer, são completamente inapropriadas. Elas são impotentes e incapazes de gerar algo verdadeiramente espiritual ou eterno.

Em segundo lugar, qualquer exercício de autoridade meramente posicional viola a vontade livre dos crentes. Tal autoridade trabalha de uma maneira que Deus nunca faz.

Vamos juntos pensar nisso. A autoridade humana ou “posicional” somente poderia ser necessária quando alguém não desejasse obedecer à autoridade espiritual de Jesus, fluindo por meio de Seu corpo. Se alguém não obedece a Deus falando-lhe através de Sua Palavra, de Seu Espírito, de outros crentes etc., então poderíamos imaginar que alguém mais tangível pudesse dar a essa pessoa um pequeno “empurrãozinho” na direção correta. Alguém poderia aplicar uma pequena força humana para ajudá-la a fazer a coisa certa.

No entanto, isso é algo que Deus mesmo nunca faz. Quando alguém não deseja obedecer, Ele nunca o força. Jesus nunca faz alguém ir um centímetro além do que deseja ir, ainda que seja para o seu próprio bem. Mesmo que alguém esteja para cometer um sério pecado, Deus não desce do céu para impedi-lo. Pense um momento sobre isso. Se Deus não faz determinada coisa, será que nós devemos fazer algo em Seu lugar? Você se lembra do Jardim do Éden? Lá estava Eva com aquela fruta proibida na mão. Sua boca estava aberta para provar um pedaço. Ela estava à beira de destruir a nova criação de Deus. Uma vez que provasse o fruto, restaria à humanidade apenas a morte e todo tipo de pecado, incluindo guerras, estupros, violências, roubos, mentiras, assassinatos, enganos, ódios, traições e tudo mais.

Mas, veja bem, Deus não a impediu. Ele não usou nenhuma “forcinha” para influenciar sua escolha. O Criador, que tinha todo direito de exercitar uma autoridade sobre ela, não o fez.

Nenhuma pressão humana para forçar alguém a fazer algo, mesmo que seja a vontade de Deus, terá um valor eterno. Mesmo que possamos persuadir alguém a obedecer, fazendo algo que obviamente é correto, se existir dentro dele qualquer resistência a esse caminho, então ele não ganhará benefício espiritual algum. Qualquer “obediência a Deus”, que não venha do coração, é inútil. Não fará nada para transformá-lo. De modo inverso, quando o coração está aberto e pronto para obedecer, a autoridade posicional é completamente desnecessária.

Por violar esses dois claros, essenciais e invioláveis princípios, o exercício da autoridade posicional não pode ser considerado como algo que seja proveniente de Deus. Portanto, precisamos reajustar nossos pensamentos para que se conformem à Sua vontade revelada.

Não podemos ser prisioneiros do ensino e da prática comuns. Pelo contrário, precisamos compreender todos os versículos bíblicos apenas em conformidade com princípios absolutamente espirituais e também com os ensinamentos de Jesus que estivemos examinando nos capítulos anteriores.

CONTRIBUIR

Uma outra questão que se levanta sobre a vida comum no corpo de Cristo é sobre “contribuir”. Muitos têm sido ensinados a doar para alguma instituição. Foram ensinados que devem doar seu dízimo à igreja onde congregam. Se, porém, não têm “igreja” para fazer a doação, o que devem fazer? Nossa resposta a isso não deve ser considerada como um ensino completo sobre o assunto “contribuir”. Não é nosso propósito aqui analisar a questão dos diferentes tipos de ofertas nem de quanto devemos dizimar.

O principal enfoque desse aspecto é que devemos aprender como seguir o Espírito Santo em nosso “dar”. Assim como Ele deve ser o Senhor em cada parte de nossas vidas, também as nossas ofertas em dinheiro devem ser conduzidas por Ele. Deus irá nos mostrar como e onde dar. Pode ser para os pobres; para ajudar as necessidades dos irmãos ao nosso redor; para sustentar alguém que se deu à obra do Senhor. Por exemplo, alguém trabalhando como um missionário ou dedicando-se a alguma obra espiritual pode estar necessitando de ajuda financeira.

Verdadeiramente o dízimo pertence à casa de Deus. Mas a casa de Deus é o povo Dele, não algum tipo de organização. Os homens e mulheres que pertencem a Ele é que são a Sua casa. Portanto, dar a eles significa dar à casa de Deus.

Se fazemos parte de alguma organização religiosa que tem despesas com aluguel, contas de energia e salários de funcionários, temos a responsabilidade de pagar nossa parte das despesas. Assim como os membros de um clube têm a obrigação de pagar a mensalidade para que se beneficiem das estruturas do clube, também qualquer um que esteja se beneficiando da participação em um grupo organizado deve ser responsável por sua parte nas despesas.

Entretanto, não podemos chamar esse pagamento de “dar a Deus”. Se estamos apenas pagando a nossa parte, se somos nós os beneficiados, então estamos dando apenas a nós mesmos. Dar a Deus é um tipo de oferta da qual não deriva benefício pessoal algum.

MINISTÉRIOS MAIS AMPLOS

Conforme foi mencionado em um capítulo anterior, pode ser que alguns irmãos e irmãs tenham um dom muito evidente para um ministério ungido. Certamente esse dom é importante e necessário para todo o corpo de Cristo e até mesmo para os descrentes.

Entretanto, um fato parece salientar-se quando se fala em ministérios assim. No Novo Testamento, tanto no ministério de Jesus quanto no dos apóstolos, nenhum ministério foi exibido como um show ou um espetáculo. O uso de dons sobrenaturais e imponentes nunca foi com o intuito de impressionar os outros para atrair a atenção e ganhar fama e fortuna.

Quando Jesus curava algumas pessoas, Ele lhes dizia que não deveriam falar sobre a cura (Mt 8:4; Lc 8:56). Ele fez muitos dos seus milagres em segredo. Até mesmo insistiu para que não contassem que Ele era o Cristo, antes que Ele partisse (Mt 16:20). Mesmo quando curou publicamente, não o fez como um tipo de espetáculo ou para chamar a atenção sobre Si. Ele não fez nenhum esforço para ganhar fama ou seguidores pelo uso de Seus dons.

Os apóstolos da Igreja primitiva não faziam um espetáculo de circo ou peça de teatro com os dons que Deus lhes havia dado. À medida que Deus os usava no curso normal da vida, eles usavam seus dons para a glória Dele e não de si mesmos.

Então, isso leva à conclusão óbvia de que nós também não devemos usar nossos dons de maneira a nos glorificar. Talvez cantemos ou preguemos muito bem. Possivelmente temos dons de cura e de milagres. Precisamos estar constantemente vigilantes para usar esses dons somente de modo que glorifiquem a Deus e não a nós mesmos.

Quando percebemos que estamos sendo o centro das atenções ou desviando a glória devida, somente a Deus, precisamos nos arrepender diante Dele e procurar um modo de usar os nossos dons, de tal maneira que não produzam esse repugnante resultado natural. Certamente o Senhor concedeu dons a Seu povo para que os usassem de maneira a cumprir os Seus propósitos e a promover o Seu Reino de modo maravilhoso e glorioso.

A IGREJA NÃO IMPRESSIONANTE

À medida que aprendemos a viver em amor com nossos irmãos e irmãs, podemos ser estimulados com essa nova experiência e com a revelação que estamos recebendo. Pode ser que, porque nos entusiasmamos com essa rica experiência do corpo de Cristo, esperemos que muitos outros cristãos desejem também viver assim. Podemos até mesmo pensar que esse pequeno início se tornará algo tão impressionante que irá chacoalhar o mundo. Assim como os primeiros discípulos, podemos imaginar que agora é a hora de Jesus voltar e assumir o controle de Sua Igreja, fazendo as coisas acontecerem.

Entretanto, isso pode não ser bem o que acontecerá. Indubitavelmente, à medida que obedecemos ao nosso Senhor, aprendendo a nos reunir em torno Dele e em submissão a Ele, iremos ver Sua mão se movendo poderosamente e muitas vidas sendo transformadas.

No entanto, isso pode não se tornar algo muito impressionante aos olhos do mundo ou mesmo de outros crentes. Nossa experiência pode nunca atingir um pico de popularidade de maneira que a Igreja do mundo todo seja instantaneamente transformada. Nossa maneira de servir ao Senhor e uns aos outros provavelmente nunca se tornará popular e universal. Devemos preparar nossos corações para isso.

Primeiramente, os métodos de Deus usualmente não são cheios de pompa. Ele é humilde e procura comunhão com aqueles que também são humildes. Deus não deseja fazer algum tipo de estardalhaço nem ostentar Seu poder e glória. Seu objetivo é transformar homens e mulheres à Sua imagem. Então, é possível que, quando Ele estiver no controle de Sua Igreja, os resultados não sejam impressionantes, em termos de reconhecimento mundial, popularidade etc.

Isso talvez seja comparado ao alimento da primeira páscoa instituída por Deus. Ela era uma refeição santa, sublime. Entretanto, era pouco atraente ao homem natural. Sim, havia carne assada, mas sem nenhum tempero, talvez nem mesmo sal. E também havia ervas, mas elas eram amargas e nada atraentes. Como complemento, havia um tipo de pão duro, sem qualquer fermento para fazê-lo mais palatável.

Um outro aspecto a considerar é que muitos filhos de Deus não estão verdadeiramente procurando ser agradáveis ou interessados em andar em intimidade com Ele. É triste, porém verdadeiro, que muitos, que já receberam a Cristo como Salvador, não O estejam seguindo de todo o coração, como Rei de suas vidas.

Embora mantenham uma aparência de cristianismo, quer dizer, indo às reuniões da Igreja de vez em quando ou se afastando dos pecados mais graves, seus corações não estão cativos a uma intimidade diária com Jesus. Conseqüentemente, não se entusiasmam com o tipo de experiência da Igreja que estamos recomendando. Veja você, os caminhos de Deus não atraem o homem carnal. Eles oferecem pouco, basicamente nada, para atrair a nossa carne. Isso também é verdade com relação à experiência de Igreja, a qual é conduzida por Ele e preenchida com Ele. Haverá muito pouco para atrair crentes carnais ou infantis.

Não haverá uma superabundância de eventos sociais, divertimentos e/ou “grupos de apoio”, para manter a atenção deles. Somente serão atraídos aqueles que estão seriamente interessados em agradar a Jesus. Portanto, esse modo de viver a vida de Cristo com os outros nunca será universalmente popular.

TEMPO JUNTOS

Uma das poucas coisas que temos para oferecer a Deus é o nosso tempo. Ele não necessita de nossa energia e de nossos esforços humanos. Mas o tempo é um elemento essencial na experiência da verdadeira Igreja. Para poder servir uns aos outros, ajudar a edificar a vida dos outros, usar nossos dons e ministérios, procurar conhecer os outros no Espírito etc., precisamos gastar tempo uns com os outros. Simplesmente não há substituto em nossa procura por mais realidade em nossa experiência de Igreja, do que o tempo passado junto com os outros. Não há outra maneira pela qual os relacionamentos necessários para sustentar a Igreja viva possam ser mantidos.

Aqui encontramos uma das chaves mais importantes para experimentar a verdadeira Igreja: precisamos ter tempo para estar juntos! Portanto, a disponibilidade de nosso tempo para Deus, a ser usado nas atividades acima mencionadas, é crucial. Isso significa que precisamos rearranjar nossas prioridades. Não podemos deixar que outras necessidades e pressões nos dominem.

Há muita verdade no ditado: “As pessoas acham tempo para aquilo que é importante para elas”. Por exemplo, alguém que goste de pescar, levanta-se antes do amanhecer, fica acordado até tarde da noite e faz muitos outros sacrifícios para poder fazer aquilo que ama. Aquilo no que investimos nosso tempo revela o que é mais importante para as nossas vidas.

Muitos irmãos são mantidos prisioneiros por seus próprios negócios. Devotam a eles todo o seu tempo e atenção. Outros se distraem da obra de Deus por causa de entretenimentos. Outros ainda gastam seu tempo em várias necessidades e exigências desta vida.

Entretanto, todo crente que deseja experimentar e viver em uma Igreja mais viva, deve ter como prioridade gastar seu tempo junto com os outros crentes. Se não fizer isso, muito pouca coisa que tenha valor eterno irá ocorrer. Se não devotarmos tempo para estar uns com os outros, a Igreja verdadeira não será vista de uma maneira ampla.

O tempo juntos poderá ser para simples camaradagem. Pode ser um tempo de oração conjunta. Pode ser para encontros, aconselhamentos ou uso de dons e ministérios. O que fazemos quando estamos juntos não é tão importante, quanto o fato de termos tempo disponível para estar uns com os outros. É evidente que outro ingrediente essencial é Jesus estar dirigindo esses momentos. Em qualquer momento, em que dois ou mais crentes consigam entrar, juntos, em Sua presença, Ele irá ministrar-Se a eles e por meio deles, edificando, desta forma, o Seu próprio corpo. Quando estamos Nele juntos, aproveitamos isso imensamente.

Portanto, os que são sérios em viver Cristo junto a outros crentes são pessoas que devotam seu tempo a conhecer Jesus intimamente e a servir o Seu corpo diariamente. Sem tal comprometimento de tempo com o Senhor, nada de valor eterno ocorrerá. A obra do Espírito entre nós será seriamente retardada.

Quando nosso tempo é ocupado com outras atividades, não importa quão lógicas e justificáveis elas possam parecer, de um ponto de vista humano, o verdadeiro funcionamento da Igreja será muito limitado. Crentes que estejam procurando por uma expressão mais viva do corpo de Cristo, devem rearranjar suas prioridades, de maneira que seu tempo seja disponível para ser usado para o seu Senhor.

Na verdadeira expressão do corpo de Jesus, não há uns poucos homens ou mulheres que façam toda a obra ou a maior parte dela. Cada um tem uma responsabilidade diante de Deus, de amar e servir. Conseqüentemente, o tempo que disponibilizamos para Ele se torna crucial.

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Capítulo 1: UMA VISÃO CELESTIAL

Capítulo 2: A SUBSTÂNCIA DA IGREJA

Capítulo 3: A FORMA DA IGREJA

Capítulo 4: ONDE DEUS MORA

Capítulo 5: LIDERANÇA NA IGREJA

Capítulo 6: DEIXE O MEU POVO IR!

Capítulo 7: A UNIDADE DA IGREJA

Capítulo 8: COMPROMISSO

Capítulo 9: REUNIÕES

Capítulo 10: VIVENDO EM AMOR

Capítulo 11: COISAS QUE DESTROEM

Capítulo 12: CONSTRUINDO SOBRE A FUNDAÇÃO

POSFÁCIO (Capítulo Atual)