Ministério Grão De Trigo

Ler Online
Sinais Do Fim

A GRANDE APOSTASIA

Capítulo 4

Sinais Do Fim, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS

Capítulo 3: O FILHO VARÃO (Capítulo Atual)

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA (Capítulo Atual)

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA






Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA


Estamos vivendo os dias de hoje o que conhece como “os últimos dias”. Isto significa que estamos vivendo os últimos dias da era da igreja. Mesmo que há uma “era” que virá sobre o planeta terra – isto é, a era do reino milenar de Cristo – o que será o foco de nossa atenção aqui é o fato que a era na qual vivemos atualmente está rapidamente chegando ao final.

Essa afirmativa pode ser facilmente verificada quando lemos algumas passagens muito conhecidas das escrituras. Essas passagens descrevem como serão esses “últimos dias” e também alguns eventos que ocorrem durante esse tempo.

Em 2 Tessalonicenses 2:1-3 lemos: “Agora, irmãos, a respeito da vinda do nosso Senhor Jesus Cristo e da nossa união com ele, nós pedimos que vocês não estejam preocupados ou sejam perturbados em suas mentes, seja por espírito, ou por ‘palavra’ ou por carta que parece ter origem de nos, declarando que o dia do Ungido [o reino milenar] já chegou. Que ninguém os engane de maneira alguma; pois esse Dia não virá antes que venha a apostasia, e o homem do pecado seja revelado, o filho da perdição...” (VDP).

Aqui nós aprendemos que dois eventos importantes deverão ocorrer antes da segunda vinda de Cristo. São eles: a apostasia e a revelação do homem do pecado. Mesmo que haja dois sinais expostos aqui, por ora vamos concentrar nossa abordagem no primeiro sinal, a grande apostasia.

Alguns tem usado desse versículo para justificar o “arrebatamento pré-tribulação”, ensinando que a palavra grega que é transliterada como “apostasia” pode significar “partida/ida”. Assim, argumenta-se que a igreja terá “partido” antes da segunda vinda de Cristo.

Mas a palavra apostasia, segundo o dicionário Michaelis da língua portuguesa, significa “abandono da fé (em particular da fé cristã)”. Essa partida, é de fato o abandono, ou afastamento da fé. É o desligamento tanto dos ensinamentos quanto da própria pessoa de Jesus Cristo.

Esta apostasia é o desvio da verdadeira mensagem do evangelho e do relacionamento com o nosso Senhor. Certamente, isso não é a mesma coisa que arrebatamento.

Embarcar nessa discussão me causa certo desgaste. Tenho um peso constante no coração quando falo, escrevo ou apenas penso sobre o assunto. No entanto, me parece importante escrever para que o leitor tenha um entendimento claro sobre onde estamos, de acordo com a linha do tempo de Deus.

A triste realidade do assunto é que a igreja de hoje, já entrou na apostasia. Ela está, nesse exato momento, se distanciando cada vez mais do Senhor. A igreja se encontra atualmente muito distante das intenções e dos planos Dele.

Toda evidência percebida aponta para o fato que estamos, nesse exato momento, no meio do cumprimento dessa profecia importante. Nós somos a geração que vivencia exatamente o que a Bíblia previu.

Não vou negar que existem alguns “pontos de luz” na igreja hoje. Há alguns que ainda amam o Senhor. Há alguns poucos que são fiéis em fazer as Suas obras. Mas, em geral, a condição da maior parte da igreja de hoje é lamentável. Ela está literalmente atolada no pecado, na escuridão e na confusão. E essa situação parece apenas piorar cada vez mais.Como posso afirmar algo assim?

Estou eu julgando? Acho que não. Estou apenas sendo um observador. Não tenho gastado tempo buscando nem investigando a situação atual para saber dessas coisas. Os acontecimentos que evidenciam esse fato simplesmente chegam aos meus ouvidos.

O que vou dizer aqui é do conhecimento de todos. Ainda assim, para aqueles que ainda não entenderam a situação, parece necessário que sejam mostradas evidências desse afastamento, essa condição de apostasia. Faz-se necessário citar algumas estatísticas:

A prática da fornicação (sexo fora do casamento) entre os que creem hoje (e essa é uma verdade dentro da igreja na maior parte do mundo) não difere do que ocorre no mundo. Em outras palavras, sexo promíscuo é uma tendência tanto entre os que se dizem “crentes” quanto entre os que não participam da fé cristã.

Uma pequena amostra disso vem de um homem que era um ancião em uma igreja Metodista “renovada”. Ele disse que em seus 22 anos de carreira como ancião, apenas 3 casais se casaram naquela congregação sem terem relações sexuais antes do casamento. Duas dessas pessoas eram seus próprios filhos.

O adultério é estatisticamente comum tanto dentro quanto fora da igreja. O divórcio, para nossa vergonha, é mais comum dentro das igrejas do que fora delas.

Um psicólogo cristão popular nos Estados Unidos declarou há alguns anos que, durante sua experiência em aconselhamento de casais, descobriu que 50% dos homens que se sentavam nos bancos das igrejas e nas escolas dominicais eram viciados em pornografia na Internet, dos quais 30% eram pastores. Esses números podem ser ainda menores do que a realidade.

O número de pastores e de outros líderes de igrejas que se envolvem com adultério e outros tipos de pecados sexuais com membros de suas congregações é absurdo.

Essa lista de pecados mais óbvios sequer inclui outras coisas como mentira, ódio, ganância, fofoca, vingança, inveja, líderes que usam seus dons e cargos para enriquecerem, levar vantagem sobre outros, orgulho, arrogância, contendas, conflitos de interesse, desejo por fama e/ou poder, calotes e uma lista quase infinita de outros tipos de pecados. Tais pecados são tão comuns que, nas igrejas, quase ninguém nota ou sequer considera tais coisas como error.

Não quero me focar à essa situação de desgraça. Ela nos serve apenas para mostrar o quanto a igreja tem se afastado – apostatado da fé. A igreja não é santa como o Seu criador ordenou que fosse. Ele disse: “Sejam santos, pois eu sou santo.” (1 Pe 1:16). Também somos advertidos que sem a santidade, nenhum de nós verá o Senhor. (Hb 12:14).

Sem dúvida, muitos insistirão que, mesmo que a santidade não seja visível, a santidade o qual Deus se refere existe sim, em algum lugar da Sua mente. De alguma forma Ele pensa ou imagina que somos santos ainda que não sejamos de fato. Se for assim, então Deus enlouqueceu ou talvez tornou-se cínico.

Na igreja de hoje, a santificação, que na verdade significa “tornar-se santo,” foi reduzida ao mero “ser separado.” No meu ponto de vista, a maioria está, de fato, se preparando ou se “separando” para o terrível julgamento do Senhor.

Ele nos adverte: “Não sejam enganados, Deus não pode ser zombado; pois o que quer que um homem semear, isso também colherá.” (Gl 6:7 NVI). E ainda, “Pois conhecemos aquele que disse, ‘Minha é a vingança, eu retribuirei’, diz o Senhor, e outra vez, ‘O Senhor julgará o seu povo.’” (Hb 10:30 NVI). Além disso também lemos: “Coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb 10:31 NVI).

A triste e inevitável verdade é que nós estamos no meio do cumprimento de uma profecia importante do fim dos tempos. Somos testemunhas oculares da grande “apostasia” – aquela que a Bíblia prediz.

Sendo claro para qualquer pessoa honesta que a igreja está se afundando no pecado e na impureza, surge uma pergunta: Como a igreja chegou a este ponto? Onde foi que nós erramos? Boa parte da resposta encontramos no fato da igreja ter sido enganada ou roubada.

Ela tem recebido ensinamentos falsos e enganosos. Ela tem sido desviada por muitos que tem pervertido e/ou mal interpretado a palavra e a vontade de Deus. Eles têm diluído o evangelho para torná-lo mais fácil e mais agradável a seus gostos.

Eles têm distorcido o evangelho de tal forma que ele não possui mais o poder de transformar as pessoas a imagem de Cristo. Não produz mais a santidade e outros atributos que Deus quer que tenhamos.

Muito dessa distorção do evangelho tem sido propagada pelo pregadores e professores de hoje, que buscam produzir “resultados.” Muitos querem encher suas igrejas de membros. Eles querem ser vistos como homens bem sucedidos.

Logo, eles tecem suas mensagens para que não sejam ofensivas e que sejam fáceis de aceitar. Eles buscam novas técnicas, doutrinas, ideias ou práticas que atraem as pessoas para suas igrejas ou ministérios. Eles pervertem o evangelho – se é que de fato chegaram a entendê-lo verdadeiramente – para alcançarem suas próprias ambições e alimentarem seus próprios egos.

Assuntos desagradáveis, como convicção de pecado e a verdadeira santidade, são postos de lado para que ninguém se sinta desconfortável ou até ofendido.

ESPÍRITOS SEDUTORES

Um versículo que descreve com precisão o erro de hoje está em 1 Timóteo 4:1, onde lemos: “O Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé, e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios.” (NVI).

Aqui temos a confirmação que nos “últimos tempos” ocorrerá um distanciamento da fé ou apostasia. Esse erro será promovido por espíritos enganadores ou “sedutores” e o ensino de doutrinas que tem suas origens no reino da escuridão espiritual.

Já que é fato que isso está realmente acontecendo nos dias de hoje, como podemos reconhecer esses erros? Como podemos saber se de fato essas coisas estão acontecendo no meio daqueles com quem nos relacionamos hoje? Como podemos discernir quando essas coisas ocorrem e evitarmos essas armadilhas?

Para começar, talvez nos seja útil examinarmos o que de fato significa ser enganado ou seduzido. Isso é algo que acontece através do poder de espíritos malignos que influenciam nossos pensamentos, sentimentos e ensinamentos.

Muitas vezes nós temos consciência, no âmago do nosso ser, que aquilo que estamos fazendo ou o que cremos não é algo correto. Mas nós nos deixamos persuadir porque há algo em nós que deseja aquilo.

Desejamos secretamente fazer ou acreditar em algo. Então, permitimos que sejamos convencidos, ainda que de alguma forma saibamos que aquilo não é exatamente correto.

Como exemplo, podemos considerar que algum homem ou mulher seja seduzido a cometer o adultério. Sem dúvida, ele ou ela sabe que isso é errado. Mas eles têm um desejo carnal gritante dentro deles que quer ser satisfeito. Logo eles permitem que suas mentes sejam persuadidas, deixam que seus sentimentos tomem conta deles até cair em pecado.

Da mesma forma, muitos dos que creem deixam-se persuadir a acreditar em certas coisas ou se envolver em algumas práticas porque essas coisas apelam a algo carnal que lateja dentro dessas pessoas.

Talvez eles tenham adotado um sistema de crença que os exime de certos pecados que eles não queiram de fato abandonar. Possivelmente eles aceitam certos ensinamentos por que esses coincidem com a sua forma de pensar.

Outros agarram-se à certas práticas que os trazem bons sentimentos. Há ainda outros que seguem certa forma de ensinamento porque essas os eximem da culpa de coisas do passado que eles ainda não acertaram com Deus.

Ainda há outros que simplesmente aturam as crenças e práticas de suas igrejas porque querem ser aceitos pelo grupo e também gostam da companhia das pessoas.

Dessa forma muitos outros cristãos são seduzidos a práticas e ensinamentos que não refletem o coração e os ensinamentos de Jesus Cristo. Obviamente será impossível nesse texto identificarmos todas as diversas formas em que homens e mulheres têm sido destituídos da verdade nos dias de hoje.

É impossível enumerarmos todos os erros em apenas um texto. Em vez disso, o que faremos é identificar e discutir algumas das crenças e práticas mais errôneas que são comuns no meio da igreja.

Juntos, examinaremos o que a verdade de Jesus Cristo é realmente. A esperança e a oração deste autor é que através dessa investigação, muitos serão tirados do erro, para a verdade que os fará experimentar novos níveis de relacionamento íntimo com seu Salvador.

Pouquíssimas pessoas serão enganadas por algo que seja explicitamente errado. Assim, os espíritos demoníacos sedutores, em vez de simplesmente inventarem um nova doutrina completamente falsa, persistirão em modificar sutilmente algo que é verdadeiro. Eles mexem e distorcem o que Jesus e os apóstolos ensinaram para criarem uma nova doutrina que se aproxima da verdade, mas não é exatamente a verdade.

Quando as pessoas começam a aceitar tais desvios, elas se metem em um caminho que leva a erros seríssimos. E quanto mais percorrerem tais direções, mais distantes estarão da verdade. Uma analogia que deve servir como exemplo é a de duas estradas que andam quase paralelamente no começo, mas que se distanciam muito sutilmente uma da outra no decorrer do caminho.

Nos primeiros metros elas estarão muito próximas uma da outra, mas depois de cerca de mil quilômetros, estarão tão distantes uma da outra que será impossível enxergar uma a partir da outra. Pequenos desvios no nosso entendimento a respeito do evangelho levam a grandes erros em nossas vidas à medida que caminhamos cada vez mais adiante.

Sendo assim, nossa discussão sobre tais coisas não será nada fácil. Farei o meu melhor para colocar as coisas da maneira mais clara possível. Ainda assim, já que muitos desses erros “andam” com a igreja há muitos tempo e se encontram profundamente enraizados na igreja de hoje, pode-se levar um certo tempo, além de estudos, meditação, e oração para retornar ao que é a verdade real.

Isso envolverá não apenas a leitura dessa mensagem, mas também demandará de cada leitor a busca sincera do próprio Deus, para que possam ouvir de Deus e consequentemente entender Sua verdade como Ele mesmo apresentou.

Para simplificarmos nossa investigação, dividiremos nosso estudo em duas partes. A primeira parte focará em como a igreja de hoje se desviou da clara doutrina. A segunda parte investigará como nos distanciamos da Pessoa de Jesus Cristo. Sem dúvida as duas coisas estão intimamente relacionadas, mas na intenção de simplificar o entendimento nós as dividiremos dessa forma.

OUTRO EVANGELHO

Paulo escreve: “Admiro-me de que vocês estejam trocando tão rapidamente seu chamamento que é pela graça do Ungido, para seguirem um evangelho alterado que, na realidade, não é um evangelho totalmente diferente. Mas ocorre que algumas pessoas os estão perturbando, pervertendo o evangelho do Ungido.” (Gl 1:6,7 VDP). Aqui temos confirmado que muitos dos erros na igreja são apenas adulterações do evangelho genuíno.

Em outra passagem Paulo afirma de maneira surpreendente que cristãos são facilmente enganados. Cristão são realmente ingênuos. Tendo pouco discernimento, eles aceitam falsos ensinos e falsas doutrinas.

Nós lemos: “Pois se alguém vem anunciando outro Jesus que nós não anunciamos, ou promovendo um espírito diferente do que vocês já receberem, ou proclamando uma mensagem de boas novas que vocês não aceitaram por meio de nós – temo que vocês facilmente o recebam!” (2 Co 11:4 VDP).

Então, quais são os aspectos deste “outro evangelho” que parece prevalecer na igreja de hoje e que está fazendo com que tantos sejam induzidos ao erro? Obviamente serão coisas que têm certo apelo para o homem natural.

Serão doutrinas que removem as coisas desagradáveis ou ofensivas e fazem do evangelho algo fácil de aceitar.

Serão ensinamentos que não fazem sérias exigências, que incluem a todos e que encorajam as pessoas a se sentirem bem a respeito de si mesmas e dos outros. Esse é um evangelho com pouquíssimo, se é que algum, custo pessoal e um grande número de supostos benefícios.

ENTENDENDO O PERDÃO DE MANEIRA ERRADA

Vamos começar nossa investigação falando sobre a meia-verdade, extremamente exagerada e bastante distorcido que é o “evangelho do perdão.”

Muitas igrejas parecem pregar esse evangelho. É mais ou menos assim: se você simplesmente aceitar a Jesus, todos os seus pecados (passados, presentes e futuros) serão perdoados. Você está então livre do inferno e destinado ao céu.

Um dia, quando Jesus voltar, sua vida (com sua natureza pecaminosa) será transformada instantaneamente e você terá uma mansão no céu onde você viverá eternamente gozando de todos os tipos de prazeres.

O que poderia estar errado com essa mensagem? Quase toda a igreja está pregando exatamente isso. Como pode ser que uma mensagem tão boa como essa esteja errada? Será que o autor desse livro é algum tipo de crente durão, legalista, pessoa sem amor, que está tentando minimizar o que Jesus fez por nós?

À medida que prosseguimos aqui por favor lembre-se que o evangelho parcial é apenas, no princípio, um pequeno desvio da verdade.

Talvez devamos mencionar o fato que a Bíblia sequer menciona algo chamado de “evangelho do perdão.” Em vez disso, encontramos o “evangelho do reino”, o “evangelho de Jesus Cristo,” o “evangelho da paz,” o “evangelho de Deus,” o “evangelho da graça de Deus,” o “evangelho da glória de Deus” e, por último, o “evangelho da sua salvação”. (Ef 1:13).

Ainda assim, hoje o que é pregado, quase que universalmente, é uma mensagem que foca em “aceitar a Jesus” e então receber como resultado o perdão. Essa parece ser, em suma, a mensagem atual da igreja. Mas agora, como isso pode estar errado?

Podemos começar enfatizando da maneira mais incisiva possível que Jesus não está desesperado por ser aceito por nós. Ele não fica esperando ansiosamente no céu, esfregando Suas mãos, esperançoso que alguém, qualquer um que seja, O aceite.

Logo podemos concluir que toda essa ideia Dele perdoar nossos pecados, se nós O aceitarmos – suprindo as necessidades emocionais Dele, por assim dizer, – não é a verdade.

É claro que ninguém admite que o evangelho que estão pregando é exatamente assim. Eles usam termos diferentes e formas de expressão. Ainda assim, tal conclusão é facilmente inferida do que está sendo ensinado hoje.

Tal conclusão pode ser alcançada usando a lógica, por pessoas que raciocinam em cima do evangelho diluído que é pregado e começam a achar a mensagem do evangelho algo fraco, patético e pouco atraente.

Seguindo, todos deveriam saber com clareza e de maneira enfática que o propósito primário de Jesus em morrer na cruz por nós NÃO era o perdão de nossos pecados. É isso mesmo. Perdão não era o Seu propósito principal. Ao contrário, o principal propósito de Cristo era nos salvar DOS nossos pecados!

Ainda que o perdão seja uma parte essencial e preciosa da mensagem do evangelho, não é o foco principal ou a intenção do evangelho! Em vez de simplesmente nos perdoar, Jesus morreu para que nós pudéssemos parar de pecar!

Ele foi crucificado para eliminar completamente o pecado em nós, e não simplesmente fazer vista grossa e/ou nos perdoar.Deus disse a José em Mateus 1:21, falando sobre sua noiva Maria: “E ela dará à luz a um Filho, e você deveria dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (NVI). Ele não disse que Jesus apenas perdoaria Seu povo de seus pecados, mas na verdade os salvaria de seus pecados.

Jesus veio para gerar um povo santo, santificado, que seria tão transformado que eles não pecariam mais! Seu propósito não era meramente perdoá-los e depois deixá-los continuar pecando até que ele finalmente os arrebatasse aos céus.

O “evangelho do perdão” pregado hoje apresenta um caminho fácil e indolor para sentir-se bem em relação a sua condição na eternidade e também quanto a sua condição atual, mas não cem por cento verdadeiro. É apenas uma verdade parcial. Assim, ele provoca pouca, senão nenhuma, ação que transforma e salva aqueles que o seguem. Ele não liberta as pessoas de seus pecados.

Em vez disso, ele apenas os exime de sua condição pecaminosa. É essencialmente uma licença para continuarem a pecar, já que não demonstra qualquer esperança de serem realmente transformados e libertos do pecado.

Muitos de fato creem que, uma vez que “aceitaram” a Cristo, seus pecados não são mais levados em consideração por Deus, e até mesmo que Deus não os vê mais como pecados. Que densas trevas são essas! Inverdades e verdades parciais não vão, e de fato não podem, libertar você.

Obviamente o perdão é essencial na mensagem do evangelho. Sem perdão, Deus não poderia ter comunhão conosco. Sua Pessoa santa não poderia interagir com a nossa pessoa pecaminosa. Sim, Deus pode e irá nos perdoar quando nos arrependemos verdadeiramente.

Mesmo assim, esse é apenas um passo em direção ao Seu plano superior! O que Ele realmente quer fazer é nos transformar (nos salvar) de maneira tão completa que nos tornamos como Ele – santo e sem pecado. (1 Pe 1:16).

Se você não está sendo mudado, se não está se tornando santo, se você não está sendo transformado mais e mais na imagem de Cristo, então o Seu perdão está lhe fazendo muito pouco (se é que algum) bem.

Isso que vou dizer agora pode ser um grande choque para você, mas Deus não pode perdoar o pecado (no singular). Isso mesmo. Não existe um versículo sequer no Novo Testamento que diga: Deus vai perdoar o pecado. Veja que, “pecado” é uma palavra que descreve o que somos. Pecados (no plural), se refere ao que nós fazemos. Sim, Jesus pode e vai perdoar as coisas erradas que fazemos (nossos pecados), mas Ele não pode e não vai perdoar o que nós somos. Ele tem outra solução completamente diferente para isso.

O plano de Jesus é chamar homens e mulheres para fora desse mundo, enchê-los com Sua própria vida, e então transformá-los a Sua imagem. Para fazer isso Ele tem que eliminar em nós a vida e natureza velha e pecadora.

Perdão certamente faz parte desse processo, mas não é a única parte. A outra parte envolve a crucificação do nosso velho homem. Envolve a morte da nossa vida e natureza pecaminosa.

Quando as pessoas pregam apenas uma parte da mensagem do evangelho e apresentam isso como a substância toda, é um grave erro. Essa mensagem parcial os deixa com a falsa impressão sobre o que Deus quer e o que Ele está tentando fazer.

Quando apresentamos apenas o que é mais fácil, ou seja, as partes do evangelho mais agradáveis ao que nos apraz, e deixamos fora as partes que nos custam algo – as que são difíceis e ainda aquelas que parecem “impossíveis” – estamos então enganando pessoas e levando-as ao erro.

Apresentando a verdade incompleta, estamos de fato impedindo de serem agradáveis a Deus. Esse não é o trabalho de Deus, mas antes vem de uma fonte diferente, sinistra.

Na maior parte do tempo, aqueles que pregam o evangelho do “perdão” deixam fora a mensagem da cruz. É simplesmente muito ofensivo para o ouvinte. (Gl 5:11).

Mas a verdade é que para sermos salvos de nosso pecado (singular) nós precisamos morrer. Somente os mortos não pecam. Assim, a morte de Cristo deve ser real em nossas vidas! A cruz deve operar de maneira genuína em nós a cada dia. Nós também devemos ser crucificados! Precisamos passar pela morte e ressurreição de Jesus para que saibamos o que realmente significa a salvação. Tal morte não é fácil, nem sequer prazerosa.

Na época em que Jesus viveu, quando alguém via outro alguém carregando uma cruz, quem a carregava nunca andava sozinho. Em vez disso, a pessoa estava sempre cercada por soldados romanos. Além disso, ela não estaria simplesmente vagando pelo local sem rumo, arrastando um pedaço de madeira no formato de uma cruz. Ela tinha um destino bem específico. Ela iria morrer. Ela seria dolorosamente crucificada.

Se formos seguir a Jesus e fazermos a Sua vontade, nós também devemos carregar a nossa cruz. (Mt 10:38, 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23, 14:27). Não existe uma forma que a substitua. Não existe um caminho alternativo para o morrer da própria vida. Nós também devemos ser crucificados. Nós também precisamos morrer.

Quando Jesus nos perdoa, é de tal forma que podemos alcançar a comunhão com Ele. Assim, através dessa comunhão, Seu plano completo pode operar em nossas vidas. Esse plano inclui a libertação do pecado. Essa libertação só vem com a morte. Enquanto a nossa velha vida ainda viver, ela pecará. Isto é um fato simples.

A solução de Jesus para isso é aplicar a Sua crucificação na nossa vida natural e, então, a substituí-la pela Sua própria vida eterna. Essa é a verdadeira mensagem do evangelho.

Tal libertação gloriosa do pecado – que é efetuada pela experiência de morte e ressurreição de Cristo em nós mesmos – se faz possível pelo perdão. Ainda assim, se apenas focarmos no perdão e nunca experimentarmos de maneira completa a salvação através da cruz, então estaremos sendo roubados e enganados.

Aqueles que seguem tal mensagem diluída nunca serão libertos do pecado, nunca serão transformados e nunca estarão preparados para tudo o quanto Deus tem preparado para nos dar no futuro. Foram apenas iludidos por uma verdade parcial que acaba sendo um grave erro.

A MÁ COMPREENSÃO DA FÉ

Todo cristão deveria saber que somos salvos pela fé. É a nossa fé em Jesus que nos justifica aos olhos de Deus e não as obras que poderíamos fazer ou a conduta que poderíamos ter.

Ainda assim, a fé também tem sido corrompida na igreja de hoje. O que é ensinado como fé hoje em dia é uma filosofia barata, fácil, que não tem poder algum para salvar quem quer que seja.

A “fé” dos dias de hoje parece ter concordância com alguns fatos bíblicos, ideias “cristãs” ou versículos bíblicos. Para muitos, ela é puramente um exercício mental de tentativa de convencimento para nós mesmos ou para outros a respeito das coisas que estão escritas na bíblia. Ainda pior, muitos tentam acreditar e pregar um monte de

pequenas filosofias “cristãs” que as vezes nem chegam a constar nas escrituras. Isso não passa de ações inúteis.

O resultado de toda essa falácia é que as igrejas de hoje estão cheias de pessoas que foram apenas convencidas de algo, mas nunca convertidas. Elas nunca se convenceram do pecado, nunca se arrependeram de verdade e assim, não estão sendo de fato salvas de quem elas são e do que fazem.

A fé verdadeira, por outro lado, é a reação que ocorre no coração humano quanto à revelação de Deus. Nós lemos que Jesus: “Revelou assim a sua glória; e [então] seus discípulos creram nele.” (Jo 2:11 NVI). E ainda: “Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.” (Jo 12:41 NVI).

No mais, as escrituras nos falam a respeito de Abraão, o pai da fé: “Depois dessas coisas veio a palavra do Senhor a Abrão numa visão...” e então: “E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça.” (Gn 15:1,6 AR). A ordem dessas coisas é importante. Primeiro, Deus se revela, depois, o homem crê.

Como podemos ver nos versículos acima, para crer de verdade, nós precisamos primeiro ver algo do próprio Deus. Ele deve revelar a Si mesmo de alguma forma para nós. A fé genuína só pode ocorrer quando de fato percebemos algum aspecto do próprio Deus. Então, o nosso coração responde a essa revelação através do “crer”.

Acreditar em informação, ainda que seja essencialmente bíblica e correta, não pode nos salvar. Apenas recebendo e depois acreditando na revelação do próprio Deus vivo nos salvará de quem e do que somos. Para ser considerado como um crente de verdade, devemos ter tido um encontro genuíno e pessoal com Ele.

Por favor não se confunda com a seguinte informação. A verdadeira “palavra de Deus” não é um livro. É uma pessoa. É Jesus Cristo o Filho de Deus. Creio e afirmo que a bíblia que temos hoje é um registro exato e verdadeiro sobre o discurso de Deus e Sua revelação.

Ela foi inspirada por Ele. De forma alguma nego essa verdade. Ainda assim, crer em um livro, mesmo que seja a bíblia, não irá nos salvar. Devemos crer na Pessoa de Jesus. E para fazermos isso, Ele próprio deve ter sido revelado a nós de alguma forma e nós devemos ter respondido com a nossa fé.

Assim, e somente assim, podemos ser considerados como um de Seus filhos. É plenamente possível que pessoas creiam em algumas verdades bíblicas, mas nunca terem de fato um encontro com Jesus Cristo.

Muitos que creem hoje estão tentando acreditar em algo que não é real para eles. Eles escolhem alguns versículos bíblicos que tem algum tipo de apelo a eles mesmos e, depois, tentam “crer” neles.

Alguns, por exemplo, ficam imaginando que em breve serão ricos e curados. Outros estão “crendo” que são perdoados por pecados que nem sequer confessaram e pelos quais eles não se arrependeram de verdade. Há ainda outros que supõem que Deus não vê quando eles pecam ou talvez não se importe de verdade se eles pecam ou não.

Quero dizer aqui da maneira mais firme e mais rigorosa possível: tal “fé” é inútil! Exercício mental não é o mesmo que fé. Repetir versos bíblicos tentando se convencer de algo bíblico ou qualquer outro tipo de artifício intelectual – não fará nada que possa te ajudar na caminhada com Deus. Somente quando conseguirmos vê-Lo pelo Espírito nós podemos ter uma fé genuína e salvadora.

O tipo de “fé” que muitos têm na igreja hoje é pura imaginação. Muitos falam e até mesmo pregam sobre coisas que não são reais em suas próprias vidas. Essas coisas podem ser bíblicas e, por consequência, verdadeiras no sentido eterno, mas elas não são reais nas vidas daqueles que falam sobre elas.

Assim, boa parte da igreja de hoje encontra-se cheia de um senso de irrealidade palpável. Esse é o resultado de uma fé falsa e imaginária, que não salva ninguém.

JUSTIFICAÇÃO

A verdade preciosa de nossa justificação pela fé é também algo que os demônios tiveram sucesso em deturpar dentro da igreja. Como temos visto, a verdadeira fé não é algo meramente mental. É a nossa resposta a Deus revelando a Si mesmo.

Quando respondemos de maneira positiva, somos justificados. Porém, quando nos recusamos a reconhecer e obedecer o que Ele nos está revelando, tornamo-nos desobedientes.

O fato é que Deus está Se revelando todos os dias, senão a cada minuto de cada dia, isso para todos os Seus filhos. A questão é: como estamos respondendo a essa revelação? Conseguimos reconhecê-la?

Estamos recebendo essa revelação? Estamos obedecendo as instruções de Deus e Seus direcionamentos? Estamos respondendo com fé? Se não estamos, então não vivemos mais por fé, e então, não estamos mais sendo justificados.

Vamos tentar ilustrar isso com um exemplo. Vamos supor que algumas pessoas receberam a Jesus cinco anos atrás. Deus foi revelado de maneira graciosa e maravilhosa a eles, e eles creram Nele. No nosso exemplo, vamos considerar que certa pessoa foi genuína e verdadeiramente convertida.

Agora vamos imaginar que com o passar do tempo esse indivíduo começa a pecar. Talvez ela comece a praticar sexo fora do casamento.

Sem dúvida, Jesus vai falar com ela sobre esse pecado. É certo que Ele não vai simplesmente ignorar o problema. Também é fato que Ele têm plena ciência do que se passa. É ainda mais óbvio que Seu próprio sangue precioso não está cegando Seus olhos para que não veja essa ofensa contra Sua natureza santa. Em vez disso, Ele revela Seu descontentamento para com tais filhos desobedientes de várias formas.

Mas vamos supor que essa pessoa não responda positivamente à fala de Jesus. Ela fecha seus ouvidos espirituais e endurece o seu coração. Seu desejo por prazeres sensuais faz com que ela continue pecando e resistindo ao Espírito Santo em seu coração.

Será que Deus vai considerar tal pessoa santa e justificada? Será possível que Ele ainda olha para esse Seu filho como sendo ele justo? A resposta bíblica – a verdadeira resposta – é NÃO! Não é possível.

Tal vida pecaminosa não é pela fé ou por fé. Em vez disso, é uma rejeição da revelação de Deus. É o oposto da fé – a desobediência. Como seria possível para o santo Deus do universo não retirar a Sua presença para longe de tamanha ofensa contra Sua Pessoa?

É claro que esse pecado causará uma separação no relacionamento entre esse indivíduo e seu Senhor. Quanto mais esse indivíduo resiste e rejeita a admoestação de Jesus para que pare de pecar, maior se torna a distância espiritual entre ele e seu Senhor.

Veja que tais pessoas não andam mais pela fé. Elas estão rejeitando o que Deus está revelando a elas a respeito dos pensamentos e sentimentos Dele. Em vez de fé, essa reação aos pensamentos do Espírito Santo nada mais é do que rebeldia e desobediência.

Dessa forma, já que tais pessoas não mais respondem a Deus em fé, elas não são mais justificadas.Tiago deixa bem claro que uma fé morta não vai nos justificar. (Tg 2:14-36). Mas o que é uma fé morta? É a fé sem a resposta positiva a Deus. É uma fé meramente do passado. É uma fé que não opera mais hoje, nesse momento. É uma fé sem “obras”.

Essa palavra “obras” significa: nós fazemos aquilo que o Espírito Santo está direcionando a fazermos. Nós respondemos por obedecermos a Jesus no momento que isso ocorre.

As “obras” as quais Tiago se refere não significam cumprirmos algum dever religioso ou nos envolvermos com alguma obra de caridade. Também, não é que obedecemos uma regulamentação cristã, seguimos a liderança cristã ou guardamos alguma lei do Velho Testamento.

Ao contrário, essas obras são a nossa resposta àquilo que Jesus está re-velando sobre Si mesmo, agora, hoje.

Se nós não fazemos o que Jesus está nos dizendo que façamos nesse momento, incluindo cessarmos nossas atividades pecaminosas, então não estamos andando por fé. Logo, não estamos sendo justificados. Nossa fé não é viva. Ela morreu.

Somente a fé atual e genuína pode nos justificar diante de Deus. O fato de nós podermos ter crido no passado não consegue esconder a realidade de que não estamos obedecendo pela fé o que Ele nos está revelando agora.

Ainda assim imagino que uma grande parte da igreja de hoje não concorda com isso. Muitos argumentarão que uma vez que tal pessoa já recebeu a Jesus, não importa o que ela faça, ela ainda é justificado diante de Deus. Eles acham que nossas ações depois que recebemos a Jesus não podem fazer qualquer diferença no nosso relacionamento com Deus ou na nossa recompensa eterna.

Meus queridos irmãos, tal pessoa está mergulhada nas trevas. É uma decepção tremenda! Tal crença revela um total mau entendimento da fé, uma interpretação errônea imensa sobre a justificação e, ainda pior, uma deficiência enorme em se conhecer a Deus pessoalmente, isto é, conhecer de verdade que tipo de pessoa Ele é.

Tal doutrina é do tipo que todos os demônios querem que você acredite. Uma vez que você aceita tal ensinamento, você pára então de se preocupar com o pecado. Você pára de se preocupar tanto em agradar ao Senhor. Você começa a pensar que pecar não faz qualquer diferença para Ele ou para você.

Assim, sua vida se torna o playground de demônios. Eles “adoram isso.” Eles podem então te induzir a fazer todo tipo de coisas que machucam tanto a você mesmo como a outros. Sua vida e ações começam a minar o seu testemunho e a fé daqueles que estão à sua volta.

Você se torna uma ferramenta maravilhosa nas mãos do príncipe das trevas para prejudicar e levar os outros ao caminho errado. O pecado pelo qual Jesus morreu para te libertar torna-se a sua prática diária.Queridos amigos, se essa é a sua Teologia, você está na mais profunda escuridão. Você se encontra em erro grave. Você precisa urgentemente de um novo encontro, face-a-face, com Deus e um profundo e sério arrependimento.

Sem a fé genuína, é impossível para alguém ser justificado. Quando paramos de responder ao Espírito Santo, não estaremos mais andando pela fé. Nossa fé se torna morta. Nossas “obras”, nossa resposta à revelação Dele, cessam. Tal fé não pode nos justificar.

O MAL-ENTENDENDO DA TRANSFORMAÇÃO

Muitos na igreja de hoje possuem um conceito errado sobre a transformação. Não são poucos os que imaginam que a transformação de suas almas seja algo que ocorrerá quando Jesus voltar. Eles acham que é algo instantâneo, que irá ocorrer num piscar de olhos, como mencionado em 1 Coríntios 15:52.A verdade é que a nossa transformação deve ser a nossa experiência diária nesse momento.

Em vez de acontecer quando Jesus voltar, a transformação da alma vai, no verdade, parar no momento em que nos encontrarmos com Ele novamente. Naquele momento, nosso tempo de transformação acabará. O período para que a salvação trabalhe em nossa alma é “hoje,” não amanhã. (2 Co 6:2).

O que significa então, ser transformado “... num instante, num piscar de olhos”? (1 Co 15:52)? Esse versículo fala a respeito de nosso corpo e não nossa alma. É nosso corpo que será transformado instantaneamente quando Jesus voltar. Uma leitura cuidadosa do contexto desse versículo mostrará essa verdade claramente.

Como mencionado anteriormente, Jesus veio para nos transformar de forma tão drástica, que nós não pecamos mais. Para que aconteça isso, o primeiro passo é a morte da nossa vida pecaminosa, ou Adâmica. Isso ocorre quando nós passamos pela experiência da cruz de Cristo pela ação do Espírito Santo.

Nossa morte junto com Jesus deve tornar-se real em nós a cada dia. À medida que cooperamos com Ele, Seu Espírito aplicará essa morte sobre “o quem” e sobre “o que” somos.

O próximo passo é Ele nos encher mais e mais da Sua vida. À medida que a Sua vida divina cresce dentro de nós, nos começamos a expressar a natureza Dele. Esse é um processo que leva tempo e requer atenção. Não é apenas um evento único no tempo. Receber a vida de Jesus através do novo nascimento é sim um evento único, mas o amadurecimento dessa vida dentro de nós deve acontecer a cada dia.

Muitos acreditam que jamais conseguiriam parar de pecar. Assim, eles desistem de tentar e buscam uma doutrina que não exija a verdadeira santidade ou fazem parecer que ela só existe mesmo na mente de Deus.

É realmente verdade que um ser humano não consegue parar de pecar. O Único que não peca é Deus. O plano de Jesus é o de crucificar nossa própria vida pecaminosa. Depois, Ele quer nos encher até que transbordemos com Sua própria vida que nunca peca.

Quando nós estamos cheios Dele, não pecamos mais, pois não somos mais nós que vivemos. Em vez disso, é Jesus que vive dentro de nós e através de nós. Precisamos desesperadamente ser cada vez mais cheios da vida de Deus! Essa é a única maneira de nos livrarmos do pecado.

Esse é o processo bíblico chamado “transformação.” No grego a palavra é “METAMORPHOO” que é a origem da nossa palavra metamorfose. (Ro 12:2).

Metamorfose se refere ao processo que uma lagarta passa quando ela se transforma em uma borboleta. Primeiro, ela produz uma substância que forma ao seu redor uma crisálida. Depois, ela passa um longo período lá dentro, num estado de hibernação, semelhante a morte. Quando ela emerge, ela se transformou tão completamente que é difícil associar o ser atual com a lagarta original.

O primeiro estágio, a “lagarta”, é inferior e rasteja pelo chão e pelas plantas. O segundo estágio é uma criatura bonita que voa livremente pelos céus. A nossa transformação é algo que deve acontecer continuamente em tempo hábil. Ela se concretiza quando vemos e, então, refletimos a glória de Jesus. (2 Co 3:18).

Se, pela fé, estivermos perseverando, vendo e então refletindo-O dia após dia, nós estaremos sendo verdadeiramente transformados e preparados para a Sua segunda vinda.

SEM JULGAMENTO

Uma das consequências da doutrina do “evangelho do perdão” é que pouquíssimos cristãos hoje acreditam que serão julgados. Eles não acham que em dado momento haverá qualquer consequência negativa para as suas ações. Eles imaginam que, não importa o que tenham feito depois de “aceitarem a Jesus”, Deus não os punirá de maneira alguma.

Já que eles supõem que já foram perdoados de todos os seus pecados – passado, presente e futuro – receberão somente bênçãos de Deus, tanto agora quanto no porvir. Talvez alguns receberão muitas bênçãos, outros nem tantas, mas apenas bênçãos e nada mais.

Isso, meus queridos irmãos, exemplifica exatamente o verdadeiro sentido de ser enganado.

Nós lemos: “Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois, o que o homem semear, isso também colherá.” (Gl 6:7 NVI). Esse versículo foi escrito para os crentes, não para os ímpios. Se alguém acha que pode continuar pecando que o seu Pai Celestial não vai notar, nem os disciplinar pelos seu erros, essa pessoa está completamente iludida. Ela foi enganada.

Como podemos ter certeza disso? Vamos dar uma olhada na bíblia juntos. Para termos o entendimento correto, devemos começar analisando uma questão importante. Essa questão pode parecer que não tem relação com o assunto no momento, mas logo você vai entender o quanto ela é importante.

A questão é: quantos incrédulos serão arrebatados? Quantos que rejeitam a Deus serão elevados às alturas juntamente com a igreja quando Jesus voltar?Obviamente, a resposta é nenhum. Nem sequer uma pessoa que não possua a vida eterna serão “...arrebatadas com ele nas nuvens para o encontro com o Senhor nos ares.” (1 Ts 4:17 NVI). Isso simplesmente não vai e nem pode acontecer.

Assim sendo, o que as escrituras nos ensinam que ocorrerá naquele momento (o momento do arrebatamento) está somente reservado aos cristãos. Todos os versículos da Bíblia que se referem a este evento se aplicam unicamente aos cristãos!

Quando lemos sobre os eventos que acontecerão na “segunda vinda” e quando estivermos diante do Tribunal de Cristo, todas essas coisas, sem sombra de dúvidas, se aplicarão única e exclusivamente a nós que temos recebido a Jesus. Acontecerão só com aqueles que são, de fato, Seus filhos. Isto é porque nenhuma pessoa não salva estará lá diante Dele naquele momento.

Nós lemos: “Pois todos serão transparentemente expostos diante do trono do julgamento do Ungido, para que cada um possa receber uma recompensa correspondendo às coisas praticadas no corpo físico, tanto boas como más.” (2 Co 5:10 VDP). Esse julgamento ocorre imediatamente depois do “arrebatamento” ou ressurreição dos cristãos. Aqui nós iremos “receber” as consequências de nossas ações nessa terra, quer tenham sido “boas ou más”.

Novamente somos ensinados: “E o que quer que você faça, faça-o de coração, como que para o Senhor e não para os homens, sabendo que do Senhor você receberá a recompensa da herança; pois você na realidade serve ao Senhor o Ungido. Mas aquele que faz o mal receberá a justa recompensa pelo mal que fez, porque com Deus não há parcialidade.” (Cl 3:23-25 VDP).

Sem dúvida, receber essa herança é algo que acontecerá quando estivermos diante de Jesus naquele Dia. Assim, sendo julgados por fazer o “mal” e ser “recompensado” por isso também ocorrerá naquele momento. Alí não haverá “parcialidade”. Ninguém safar-se ou evitará a sua justa punição por quem ou pelo que foram.

Agora, vamos continuar a nossa investigação apenas sobre o que essas recompensas ou disciplinas serão. Mas antes disso, devemos nos lembrar que essas consequências negativas não serão as mesmas que as dos não cristãos.

Todos os que não creem serão julgados mil anos depois, quando estiverem diante do que é chamado de “O Grande Trono Branco” mencionado em Apocalipse 20:11. Perante o que é chamado “o tribunal de Cristo”, Jesus julgará somente os Seus filhos, Sua família.

Neste julgamento, nenhum cristão vai perder a sua vida eterna. Por favor, não se engane quanto a isso. Não há lugar aqui para dúvida ou discussão. Essa é a única conclusão lógica possível.

Veja bem, se supormos que alguém possa fazer algo para perder sua vida eterna ou “salvação”, então eles não seriam jamais arrebatados. Então, como consequência disso, não poderiam estar diante do tribunal de Cristo.

Nenhum não-cristão poderá estar presente nesse evento. Nenhum dos que não posuem a vida eterna estarão lá. Isso seria impossível. Assim, todas as consequências previstas pela Bíblia que ocorrerão neste momento se referem apenas a cristãos.

Quando nós estivermos diante Dele para prestarmos contas dos nossos feitos, haverá tanto, recompensas quanto punições. Uma das punições previstas que o próprio Jesus profetizou é a de ser “...castigado com muitos açoites.” (Lc 12:47).

Este castigo é para o cristão que: “... conhece a vontade do seu senhor, e não preparou o que ele deseja, nem o realiza, receberá muitos açoites.” (NVI). O versículo 43 desse capítulo deixa amplamente claro que isso é algo que ocorrerá quando o “Senhor” vier, isto é, quando Jesus voltar.

Há quem tente dizer desses “servos” aqui mencionados como sendo judeus não-crentes ou algum outro tipo de grupo mas, esses tais grupos também não serão arrebatados e assim não podem ser as pessoas às quais esse versículo se refere. Eles somente poderão ser cristãos.

Além disso, somos ensinados que a severidade desses castigos vai variar de acordo com o grau de rebeldia de cada indivíduo. Jesus já nós ensinou: “Mas aquele que não a conhece, e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites.” (Lc 12:48 NVI).

Outra consequência negativa ao pecado contra Deus e não obedecê-Lo é a de não entrar na festa do casamento e não entrar no Reino Milenar. Servos desobedientes serão deixados de fora. Cristão pecadores também serão excluídos.

A parábola das virgens néscias, a qual quase todo mundo conhece, ensina claramente essa verdade. (Veja Mateus 25:1-13). Quando as cinco néscias tentaram entrar na festa de casamento, elas foram barradas na entrada.

Nós podemos ter certeza que essas virgens representam cristãos pelas seguintes razões. Primeiramente, elas eram virgens, significando pureza. (2 Co 11:2). Em segundo lugar, elas tinham um pouco de “azeite” em suas lamparinas, que nos fala do Espírito Santo.

Nós sabemos isso porque as lamparinas estavam acesas. Se não fosse assim, elas não poderiam apagar mais tarde. (Mt 25:8). Em terceiro, elas estavam esperando pelo Senhor, o noivo. E finalmente, porque apenas cristãos serão ressuscitados naquele momento!

Paulo explica em suas cartas, o fato de que cristãos desobedientes não herdarão o reino vindouro de Deus. Ele repete essa verdade por três vezes em três cartas diferentes.

Isso não é um ensinamento obscuro ou difícil de entender. É ensinado claramente por ambos, Jesus e Paulo, e também por outros apóstolos. É a “verdade do Evangelho”. Por favor reveja 1 Coríntios 6:9-12, Gálatas 5:19-21 e Efésios 5:1-5 que são algumas passagens que explicam esse fato com clareza.

Esse castigo para os servos que forem infiéis – que é de ser deixado fora do Reino Milenar – não será apenas severo, mas será também de longa duração. Este castigo se estenderá durante toda a era do reino, ou seja, 1000 anos.

Tal conclusão nada mais é que lógica, já que estamos falando do Reino “Milenar” do qual eles serão excluídos.

Ainda outra punição para os cristãos infiéis é demonstrada em Mateus 25, versículos 14 a 30. Essa é a parábola bem conhecida sobre os talentos que são dados aos servos do Mestre para usarem enquanto ele está ausente.

O servo tolo que nada fez com seu talento foi punido, sendo jogado num lugar chamado “trevas exteriores”. Nesse lugar, a angústia de tal sofrimento produz “choro e ranger de dentes”.

Esse local, “trevas exteriores,” não pode ser o mesmo que o inferno, ou o lago de fogo. Ainda que muitos pensem que esses lugares – as trevas exteriores e o inferno – são o mesmo lugar, nenhum versículo da bíblia afirma isso. Em vez disso, as trevas exteriores são um lugar reservado apenas para os filhos rebeldes de Deus.

Todas as referências bíblicas apontam para esse fato. Em nenhuma parte da bíblia vemos um que não seja cristão e que seja jogado em tais trevas. Na bíblia, apenas cristãos sofrem essa punição.

O fato é que Jesus irá julgar, disciplinar, punir e castigar Seus filhos desobedientes quando Ele voltar. Está escrito: “Pois se nós continuamos pecando deliberadamente depois de recebermos o pleno conhecimento da verdade, não há mais sacrifício pelos pecados [não há mais perdão], mas antes uma temerosa expectativa de julgamento, e o fogo ardente de ciúme de Deus que devorará os que Se opõe.

Qualquer um que ignora a lei de Moises morre sem compaixão pelo testemunho de duas ou três testemunhas. Que maior punição, você pode imaginar, merecerá aquele que pisa em cima do Filho de Deus, não dá qualquer valor ao sangue do pacto pelo qual ele foi purificado e insulta o Espírito da graça? Pois conhecemos aquele que disse, ‘Minha é a vingança, eu retribuirei’, diz o Senhor. E ainda, ‘O Senhor julgará o Seu povo.’” (Hb 10:26-30 VDP).

A partir desses versículos vemos que é indiscutível o fato que Deus irá de fato “julgar o Seu povo.” Todo aquele que decide ignorar essa verdade se faz propositalmente cego e sofrerá as consequências de sua decisão.

Não há espaço, neste capítulo, para uma discussão detalhada de tudo o que é necessário para respondermos todas as dúvidas e questionamentos. Assim, para uma discussão mais ampla e detalhada sobre esse assunto, convido o leitor a buscar um livro publicado anteriormente por este ministério entitulado: “Venha o Teu Reino”. Esse livro está disponível, sem qualquer custo, para quem quiser pedir. Visite o website: www.graodetrigo.com.

O JULGAMENTO NÃO OCORRE NOS DIAS DE HOJE

Muitos são enganados porque eles não veem Jesus julgando Seus filhos agora, no presente momento. Consequentemente, imaginam que Ele nunca fará isso. Ainda que cristãos rebeldes sofram algumas consequências naturais de suas ações impuras hoje, eles não visualizam a mão de Deus descendo do céu para os disciplinar como merecem. Dessa maneira, enganam-se imaginando que isso jamais acontecerá.

Como exemplo dessa aparente falta de julgamento, lemos: “... mas os fornicadores e os adúlteros serão julgados por Deus.” (Hb 13:4 VDP). É um fato indiscutível que a igreja de hoje está transbordando com fornicadores e adúlteros, tanto em seus bancos como nos seus púlpitos. Mesmo assim, nós não veremos Deus julgando essas pessoas. Logo, as pessoas começam a presumir que está tudo bem. Possivelmente, Deus mudou a Sua atitude severa do passado e nunca julgará essas pessoas. O problema é que elas não conseguem ver o futuro.

Nosso Senhor reservou Seu julgamento dos filhos Dele para quando Ele voltar. Será nesse momento que todos receberão uma recompensa justa pelas suas ações, quer tenham sido boas ou más.Hoje é o tempo da graça. O tempo do Reino vindouro é o tempo do julgamento. Será naquele tempo que Jesus disciplinará e julgará Seus filhos desobedientes. Deus cumprirá Sua palavra e julgará o Seu povo. Simplesmente não é possível que Ele faça qualquer coisa diferente disso.

Hoje, neste tempo da graça, Jesus está mostrando Sua bondade por nós imerecida. Mas não devemos nos enganar por conta disso. Em vez disso, devemos compreender que esse período da bondade de Deus deve nos levar ao arrependimento.

Paulo nos exorta dizendo: “E você acha que isso, ó homem, você que julga aqueles que praticam tais coisas e você mesmo os faz, que você escaparão do julgamento de Deus? Ou você não valoriza as riquezas de Sua bondade, que está revelado na paciência e longanimidade, não sabendo que a bondade de Deus deve levar você ao arrependimento?” (Rm 2:3 VDP).

Assim, não devemos pensar que Deus não se importa com os nossos pecados, não os vê ou que nos perdoará sem nos arrependermos. Em vez disso, caminhando no temor do Senhor, devemos nos entregar a Ele em humilde submissão para que Ele possa purificar e transformar as nossas vidas hoje. Dessa forma, nós poderemos ser cheios de Sua vida e libertos do pecado. Dessa maneira, nós estaremos prontos quando Ele vier e escaparemos de qualquer punição.

DISTANCIANDO-SE DE JESUS

A igreja de hoje em dia não apenas afastou-se da fé, como também distanciaram-se do seu Senhor. Diversas outras coisas tornaram-se mais importantes para elas do que o seu relacionamento com Jesus. Surpreendentemente, muitas dessas coisas que O substituem nas vidas dos cristãos são aparentemente coisas “cristãs”.

Por exemplo: para muitos, a participação na sua igreja e de serem aceitos por outros membros é mais importante que agradar a Jesus. Para outros, seu pastor, juntamente com seus ensinamentos, orientações e opiniões, são mais necessários do que buscar a Deus por si mesmos. Há ainda outros que dão mais valor em estudar teologia e doutrina do que terem intimidade com o próprio Senhor.

Por que falo tais coisas? É por que em centenas, quem dirá milhares de interações com cristãos professos ao longo dos anos, essas coisas se tornaram evidentes.

Só para começarmos, parece que poucos procuram o Senhor diária e diligentemente por si próprios. Muitos parecem apoiar-se nos outros para que façam isso por eles. Eles não abrem suas bíblias com muita frequência e nem têm comunhão diária com Deus. Eles não buscam a Deus em oração sobre coisas que vão além de seus próprios problemas. Sua paixão não consiste em servirem ao Senhor por servirem aos outros.

A evidência dessa falta se dá quando você fala com muitos “cristãos”: suas conversas não são sobre coisas espirituais. Suas mentes não são ocupadas nem sequer estão cheias da revelação e da experiência com o Senhor. É difícil levar uma conversa com eles sobre Deus ou sobre a bíblia, já que isso não é interessante ou muito relevante para eles.

É a mais pura verdade que nossas bocas falam daquilo que está cheio o nosso coração. (Mt 12:34). Muitos, senão a maioria, dos cristãos não conversam sobre as coisas de Deus pois seus corações estão focados em outras coisas.

Para muitos, eles “cumprem seus deveres cristãos” por irem a igreja e serem de alguma forma submissos ao seu pastor. Assim, eles sentem que estão bem diante de Deus. Outros podem também acrescentar que “acreditar da forma correta” a respeito de certo número de doutrinas bíblicas, também faz parte do pacote.

Mas quaisquer detalhes que sejam requeridos, muitos creem que se o grupo os aceita e os considera “bons cristãos” então elas estão certas diante de Deus também. Sem manterem uma intimidade real com Deus para saberem como Ele pensa sobre o assunto, eles simplesmente se baseiam na opinião do grupo para se sentirem bem consigo mesmos.

Mas a verdade é que isso tudo é muito parecido com o Catolicismo. É a “justificação pela igreja.” Não é o verdadeiro Cristianismo. É um substituto terreno. É uma justificação falsa que é baseada em padrões externos e não na comunhão com o próprio Jesus, que é O único que nos justifica.

A justificação resultante da aprovação do nosso grupo ou do nosso líder é extremamente conveniente para a nossa carne. O homem natural fica muito feliz com tal mecanismo. Nas mentes de muitos, uma vez que tenham satisfeito as exigências de suas igrejas eles estarão livres para perseguirem seus próprios interesses e desejos.

Seus trabalhos, seus hobbies, suas famílias e seus entretenimentos poderão então preencher suas vidas e ocupar suas mentes, sem precisarem se preocupar muito sobre o que Deus possa requerer deles. Logo, um modelo “cristão”, religioso, normalmente funciona para nos deixar livres para agradar e servir a nós mesmos sem muita preocupação com o reino de Deus e o Seu trabalho na terra.

Desta forma, uma grande parte da igreja de hoje tem se distanciado do próprio Jesus. Elas ainda têm uma aparência de santidade, mas não têm poder. (2 Tm 3:5). Suas próprias vidas não são radicalmente mudadas e os que estão à sua volta também não são grandemente impactados por eles.

A forma do “Cristianismo” que eles praticam tem tomado o lugar de Cristo nas vidas de muitos que pensam que são “bons” cristãos em si mesmos. Sua religião tornou-se um substituto sutil para a intimidade com Jesus.

Essa prática de seguirem doutrinas, grupos e líderes cristãos se tornou epidêmica nos dias de hoje. Mas o resultado é que os corações de muitos cristãos estão, de fato, longe de Deus.

Eles deixam-se levar pelos movimentos cristãos, mas não estão amando a Cristo com toda sua força, alma e mente. As atividades de suas igrejas, seus pastores, etc. tornaram-se um substituto do próprio Jesus. O próprio Senhor disse: “Esse povo me honra com seus lábios, mas seus corações estão longe de mim.” (Mc 7:6).

O resultado dessa confiança e dependência sobre esses adereços religiosos para a justificação é que muitos têm se desviado para bem longe da presença genuína de Jesus em suas vidas. Ele não é o foco delas. Ele não é seu “primeiro amor”. (Ap 2:4). Ele não é o seu “tudo”.

O resultado infeliz de todo esse erro é que a igreja de hoje não tem poder. A minoria está sendo transformada e liberta do pecado. Ainda que em alguns países multidões estejam sendo trazidas à várias congregações, sua vida diária, numa escala maior, reflete a natureza caída.

O evangelho diluído e fácil de aceitar pode até funcionar para atrair membros para certos grupos, mesmo que em grande número, mas esse evangelho fraco promove quase nenhum avanço do reino de Deus e cumprimento de Seus propósitos eternos. Ele não transforma vidas na imagem de Jesus.

Que Deus tenha misericórdia de nós para que possamos nos arrepender desses erros antes que seja tarde demais, e que encontremos a Sua graça para nos tornarmos aqueles que O agradam antes que Ele volte.

Final do Capítulo 4

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: AS DUAS TESTEMUNHAS

Capítulo 2: OS QUATRO SELOS

Capítulo 3: O FILHO VARÃO

Capítulo 4: A GRANDE APOSTASIA (Capítulo Atual)

Capítulo 5: DESTRUIÇÃO REPENTINA