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ANTICRISTO

O ANTICRISTO

Capítulo 2

Anticristo, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: AS PROFECIAS

Capítulo 2: O ANTICRISTO (Capítulo Atual)

Capítulo 3: UM “GOVERNO MUNDIAL”

Capítulo 4: O TEMPO DE DEUS

Capítulo 5: PERSEGUIÇÃO

Capítulo 6: A MARCA DA BESTA

Capítulo 7: GUERRA CONTRA OS SANTOS

Capítulo 8: SINAIS IMPORTANTES

Capítulo 9: DIGNOS DE ESCAPAR





Capítulo 2: O ANTICRISTO


Como um prelúdio a essa discussão, gostaria de tomar um momento e retornar à profecia de Daniel, capítulo 11. Você deve lembrar-se que nos versos 21-35, a maioria dos expositores bíblicos veem uma descrição de Antíoco Epífanes e os seus feitos perversos.

Além disso, nós afirmamos como Antíoco se transforma ou modifica-se no Anticristo, à medida que o capítulo progride. Então, depois do verso 35, a passagem parece estar falando somente sobre o Anticristo.

O que eu gostaria de sugerir aqui é que alguns dos versos anteriores, isto é, versos 21-35, poderiam (e provavelmente o fazem) descrever a ambos, Antíoco e o Anticristo. Creio que é muito possível que duas pessoas cumpram as palavras proféticas pronunciadas aqui.

Esses versos poderiam muito facilmente aplicar-se ao passado e ao futuro Anticristo. Como prova dessa ideia, consideremos o verso 31. Ali, lemos: “...e tirarão o sacrifício diário, estabelecendo a abominação desoladora {da desolação}.”

Os judeus dos tempos de Antíoco se referiram a este evento no qual ele sacrificou uma porca e ergueu uma imagem no templo como a “abominação da desolação.” (Algumas versões da Bíblia dizem “sacrilégio terrível”).

Talvez, mesmo hoje, os judeus ainda creiam ser esse o cumprimento das profecias de Daniel. Com certeza, os judeus dos dias de Jesus apegavam-se a esta crença. Mas Jesus confundiu a mente deles. Ele abalou o conceito deles, dizendo: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação, de que falou o profeta Daniel, no lugar santo...” (Mt 24:15).

Em essência, ele estava dizendo: “Vocês acham que sabem o que era essa abominação. Vocês acham que ela já aconteceu. Mas aquela sobre a qual Daniel falou ainda não aconteceu. Ela ainda ocorrerá no futuro.”

Voltando à nossa discussão, o verso 31, de Daniel 11, é parte da passagem que, historicamente, fala sobre Antíoco. Sabemos, todavia, das palavras de Jesus, que as ações do futuro Anticristo é que serão o verdadeiro e final cumprimento desse verso. Assim, esse verso pode referir-se a ambos os homens.

Portanto, não é tão improvável pensar que alguns dos outros versos desse trecho também terão um cumprimento duplo, em Antíoco e no Anticristo. Com isso em mente, vamos agora olhar mais de perto o caráter e as atividades do Anticristo.

Muitos crentes estão esperando que o Anticristo seja um político famoso mundial. Eles imaginam alguém agradável, popular, caloroso, incentivador, provavelmente alguém com grande sagacidade política, mas imoral, talvez algo como um Bill Clinton, dirigindo as Nações Unidas. No entanto, essa não é a imagem que a Bíblia retrata.

Para começar, as escrituras chamam o Anticristo de “um pequeno chifre” (Dn 7:8; 8:9). Isso indica que ele é uma figura relativamente insignificante, até que ele ganhe controle. Em contraste a isso, o chifre que representa Alexandre, o Grande, é descrito como “notável” e “grande” (Dn 8.5,8).

Ele foi um conquistador forte e capaz. Ele teve fama mundial. Os chifres, representando os quatro generais que sucederam Alexandre, também são denominados “notáveis” (Dn 8:8). Essas foram pessoas bem conhecidas.

Mas, pelo menos no início, o chifre que representa o Anticristo é “pequeno”. De fato, este chifre é o menor de todos chifres mencionados na Bíblia. Portanto, antes de assumir o poder no cenário mundial, ele será pequeno, um indivíduo desprezado, alguém que ninguém imagina que possa se levantar e tornar-se o que, ao final, se tornará. Esse é um fato importante sobre o qual precisamos estar cientes.

Extraindo dos versos de Daniel, capítulo 11, a respeito de Antíoco/Anticristo, aprendemos ainda mais: Somos levados a crer que ele será um mentiroso (vs. 11:27). Ele agirá “com engano” (vs. 11:23); “por sua astúcia nos seus empreendimentos fará prosperar o engano” (Dn 8:25).

Ele assumirá o poder de maneira desonesta, usando lisonjas e engano (Dn 11:21). Uma das coisas que poderemos usar para identificar o Anticristo será essa sua habilidade para enganar as pessoas mediante suas palavras. Ele corromperá a muitos mediante “lisonjas” (Dn 11:32).

Na verdade, uma das características mais notáveis do Anticristo é a sua boca. Exatamente no meio desse pequeno chifre está uma grande boca. É mostrada “uma boca que proferia arrogância e blasfêmias” (Ap 13:5).

Em Daniel também lemos a respeito de “uma boca que falava com insolência” (Dn 7:20). E, ainda, “neste chifre havia olhos, como os de um homem, e uma boca que falava com insolência” (Dn 7:8). Esse chifre tem olhos proeminentes e fala com orgulho. Surpreendentemente, a popularidade do Anticristo não é grande, uma vez que ele “se tornará forte com pouca gente” (11:23). Ele é considerado por muitos como sendo “um homem vil” (vs. 21). Nenhuma multidão entusiasmada o coroa rei.

Eles não dão a ele “a dignidade real” (vs. 21). Portanto, nós não devemos estar à procura de alguém que é querido e popular. Esse é um erro que muitos cometem. Inicialmente, o Anticristo não será uma figura admirável no cenário mundial. Na verdade, ele será impopular para muitos. O vindouro homem do pecado será, no início, mais uma pessoa desconhecida e, talvez, preterida, que gosta de se gabar do que fará.

Um Religioso Radical

Muitos supõem que, uma vez que a Besta é denominada “o homem do pecado”, ela será notavelmente imoral, um tipo de pessoa mundana. Não há nada nas escrituras que apóiam isso. Enquanto outros líderes mundiais e pessoas famosas se tornaram célebres por sua exploração sexual, por terem amantes, ou diferentes esposas etc., nada desse tipo é dito a respeito do Anticristo.

O pecado dele é que ele começa a acreditar que ele é Deus. Ele “...se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Ts 2:4). Por essa razão ele não é chamado “o homem de pecado” mas “o homem do pecado.” Há um pecado específico que faz ele entrar em conflito com o Altíssimo: se colocar no lugar de Deus.

O Anticristo não será um mulherengo ou uma pessoa imoral, a partir de uma perspectiva de impureza sexual. Na verdade, é possível que ele pregue o seu próprio tipo de “moralidade” religiosa. Nós lemos que ele não terá respeito “ao desejo de mulheres” (Dn 11:37). É possível que ele seja um religioso radical, que tem uma atitude extrema ao respeito de mulheres.

Os estudiosos bíblicos diferem amplamente na interpretação dessa frase “o desejo de mulheres.” Muitas e variadas opiniões têm sido apresentadas. Alguns veem a rejeição da adoração a diversas deusas. Outros sintetizam como sendo uma negação de Cristo, achando que “o desejo de mulheres” é Jesus. Outros ainda postulam que esse “desejo de mulheres” é ter filhos, e que o Anticristo será contra isso. No entanto, nenhuma dessas coisas soa como verdadeira.

Agora que temos claramente identificado a área do mundo de onde virá o Anticristo, não é difícil imaginar que ele defenderá certa forma de ascetismo. É possível que ele esteja envolvido, ou seja o líder, no atual movimento de auto-abnegação religiosa radical, entre os muçulmanos. Pode ser que a atitude dele seja severa e repressiva, em relação às mulheres e seus desejos humanos e naturais por expressão e satisfação.

Esse grupo radical já esboça hoje uma reação violenta em relação às mulheres e qualquer tipo de interação entre o homem e a mulher. As mulheres são frequentemente tratadas como subhumanas. Os desejos das mulheres, incluindo o desejo de serem atrativas, de estudarem e ocupar posições de importância e responsabilidade na sociedade, são repudiados com o mais alto grau de agressividade pelos islâmicos radicais.

A idéia de que essa frase se refere a tal tendência religiosa extremista recebe muito apoio, quando nos lembramos de que é o Anticristo e as suas dez nações que destroem a Babilônia. Eles a odeiam por causa de sua imoralidade, sensualidade e autossatisfação desenfreadas (Ap 17:16,17).

Nós exploraremos essas coisas detalhadamente mais tarde, mas, por hora, creio ser uma boa dica dizer que ele será um líder proeminente de um movimento anticristão radical. Essa religião, provavelmente, será uma forma do Islã. Alguns podem argumentar que o Islã não é anticristão. Bem, nós certamente podemos concordar que ele não é pró-cristão. Sou informado de que dentro de cada mesquita há uma placa, em lugar bem visível, que diz: “Deus não tem filho.” Isso só pode ser considerado anticristão, uma vez que o fundamento da igreja cristã é a profissão de que Deus, de fato, tem um Filho.

Não estou aqui ensinando qualquer tipo de ódio contra os muçulmanos. Com certeza, a atitude de Deus, e também a nossa, deve ser a atitude de amor para com cada ser humano. No entanto, é óbvio que os pilares básicos do Maometismo e do Cristianismo verdadeiro estão em franca oposição. Não há como reconciliá-los.

Quando João, o companheiro de Jesus, escreveu suas cartas aos irmãos nos últimos anos da sua vida, ele se preocupava com um tema. Ele explicava repetidamente sobre o que é um “anticristo”. Ele ensinava que um anticristo é alguém que nega que Jesus é o filho de Deus. É alguém que nega que o Filho de Deus chegou aqui na terra num corpo físico (1 Jo 2:22,23; 4:3: 2 Jo 1:7).

Ele também salienta que quem nega o Filho (Cristo), nega o Pai (Deus) e é um mentiroso (1 Jo 2:22). Isso deve ser porque se Deus não tem filho, Ele não pode ser um pai. Veja como esses fatos sobre o Pai e o Filho serão chaves na “última hora” e ao aparecimento do Anticristo (1 Jo 2:18).

Sem dúvida, ele estava enfatizando esses fatos porque o Espírito de Deus, que estava nele, o revelou sobre os perigos dos últimos dias.

Então, ele queria nos prevenir a respeito deste erro tão chave.

Embora os muçulmanos reconheçam que Jesus foi um profeta, eles negam o fato de que Ele era o Filho unigênito de Deus. Isso, então, colocaos firmemente numa posição de serem contra a verdade do Novo Testamento, que é a de que Jesus foi muito mais do que um profeta. Ele era e é o Filho de Deus.

O conflito do Islã com o povo de Deus – tanto os judeus, quanto os cristãos – é de longa data. O Islã é certamente o substituto religioso para a verdadeira adoração ao verdadeiro Deus. Não deve ser surpresa descobrir que esta falsa religião possa ocupar um papel proeminente no aparecimento e reinado do Anticristo que há de vir.

O “DEUS DAS FORTALEZAS”

Em Daniel 11, verso 38, nós encontramos um detalhe interessante sobre o Anticristo. Ele irá: “... honrar o deus das fortalezas {ou forças}.”

Não é difícil imaginar alguém do oriente médio que venha a conhecer este deus. Nos anos recentes, muitos grupos naquela região estão em guerra constante contra os EU, contra o rei de síria, e uns contra os outros. Sem dúvida, o líder um dos tais grupos chegará apreciar um ser espiritual lhe protegendo e lhe ungindo.

De fato, é tal ser espiritual que está dando a ele as vitórias militares e protegendo ele de morte. Ele tem achado um “deus” que lhe guia e protege em muitos aspectos. É o deus dele de fortalezas. Este deus se tornou o auxiliador e protetor dele.

Também nestes versos, Daniel 11:37 e 38, lemos uma coisa difícil de entender. Estamos informados que o Anticristo, “Não tera respeito aos deuses de seus pais... Mas, em lugar dos deuses, honrará ...um deus que seus pais não conheceram...” Arespeito destas afirmações pode-mos só especular. A palavra “pais”, no hebraico, pode se referir aos ancestrais “originais” ou mais antigos. Se entendermos a frase “seus pais” como se referindo aos antepassados distantes dele, então, certamente eles não reconheceram o deus que hoje conhecemos como “Alá”.

O Anticristo, devida a sua localização geográfica, sem dúvida, chamaria este “novo deus” de Alá. É provável que ele insistiria que este deus que esta lhe protegendo e animando é o verdadeiro Alá e que ele mesmo é algum tipo de “reincarnação do “profeta”

Mas a verdade é que esse seu “novo” deus é o próprio Satanás. O diabo se torna o deus do Anticristo. Nós podemos confirmar isso a partir de Apocalipse 13:2, onde lemos que o dragão (que, neste caso, é Satanás) “...deu-lhe [ao Anticristo] o seu poder, o seu trono e grande autoridade.”

Já que o Anticristo adora esse deus, ele insistirá que todos o façam também. Nós lemos: “E [as pessoas do mundo] adoraram o dragão [Satanás] porque deu autoridade à besta...” (Ap 13:4). Esse é o deus que se torna real para o homem do pecado, protege-o e lhe dá poder. Evidentemente, Satanás vê esse homem como alguém a quem ele pode usar no futuro para fazer a sua vontade na terra.

Alguns podem argumentar que Alá é apenas um outro nome para o diabo. Outros acham que os Maometanos o usam como um nome para o Deus verdadeiro, mas que eles incorrem no erro quanto ao que eles acreditam sobre Ele. Essas questões estão além do escopo do nosso presente estudo.

A propósito, alguns tem tomado a frase “deus de seus pais” e insistido que o futuro Anticristo deve ser um judeu que rejeita Deus. Outros o veem como um cristão apóstata. Não há nada no texto que exige essa interpretação. A palavra para “deus” aqui é “elohim”, que pode ser, mas nem sempre é, uma referência ao Deus da Bíblia. É um tipo de palavra hebraica genérica para “Deus”.

Ela pode também ser traduzida por “deus” ou até mesmo por “deuses”, uma vez que é uma palavra no plural. Portanto, ela pode se referir a qualquer tipo de deidade ou deidades, mesmo sendo deuses pagãos.

Se a palavra “Jeová” (Yahweh), ou “Senhor” (Adonai), tivesse sido usada nessa passagem, isso teria sido uma certa identificação do verdadeiro Deus. Mas, desde que “elohim” é usada, isso, de forma alguma, exige a interpretação de que o Anticristo seja um judeu ou cristão. (A tradução “deuses” tem levantado a possibilidade de que o “deus {ou deuses} de seus pais” se refira aos antigos deuses da Babilônia e Assíria, aos quais o Anticristo não adorará).

Em vez da adoração os “deuses de seus pais”, essa pessoa perversa promoverá a adoração do seu “novo” deus, que é, na realidade, o diabo. Acho muito improvável que ele utilize o nome “Satanás” ou “diabo” para descrever o seu deus. Ele provavelmente usará o título “Alá”, ocultando, assim, quem esse deus realmente é.

Mas a verdade é que o deus a quem ele promoverá é a antiga serpente, Satanás. Ele tornará popular esse deus com quem ele está em comunhão e defenderá o culto a ele. Em Daniel, é citado que o Anticristo honrará esse “deus das fortalezas”, “fará com que ele seja reconhecido” e “propagará a glória dele” (Dn 11:38, 39).

O ANTICRISTO EXIGIRÁ ADORAÇÃO

Mas a ação do Anticristo não para meramente com a adoração de um “novo" deus. À medida que o seu poder e influência crescem, sua cabeça também incha proporcionalmente. O seu orgulho e ego começam a se expandir de uma forma jamais vista.

Ele começa a imaginar que ele é muitíssimo bom. Ele chega ao ponto de desejar ser adorado também. Parece que, à medida que a unção do mal se torna mais forte na vida dele, esse poder lhe sobe à cabeça. Experimentar a autoridade de Satanás, e mesmo sentar-se no seu “trono”, dá-lhe uma ideia altamente presunçosa a respeito de quem ele é.

Assim, o Anticristo começará a exigir adoração à sua própria pessoa. Nós lemos que o homem do pecado “...se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus, ou objeto de culto”, até finalmente “...assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (2 Ts 2:4). Não há dúvida de que essa autoexaltação está relacionada com a “...boca que proferia arrogâncias e blasfêmias” (Ap 13:5) e “...que falava com insolência” (Dn 7:8).

O Anticristo, com o passar do tempo, será completamente levado pelos seus atos de sucesso e pelo fato de que muitos o seguirão. Ao final, a sua opinião a respeito de si mesmo se elevará ao ponto de blasfemar contra o Altíssimo Deus, denegrindo-O e desafiando Sua autoridade.

O Anticristo “...proferirá palavras contra o Altíssimo” (Dn 7:25). E: “...abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu” (Ap 13:6). Isso se revelará um grande erro.

O MISTÉRIO DA INIQUIDADE

No verso 7 de 2 Tessalonicenses, capítulo 2, encontramos uma frase interessante. Lemos sobre algo chamado de “o mistério da iniquidade” (NVI) ou “o mistério da injustiça”. O que é então esse mistério? Como devemos entender isso?

Para começar, devemos saber que essa palavra “mistério”, na língua grega, significa um segredo guardado por um grupo especial ou “sociedade secreta”.

Não é, na verdade, um grande “mistério”, mas um segredo. Então, o que é esse segredo tão iníquo, tão rebelde, tão pecaminoso? Vamos investigar isso juntos.

A verdade é que Satanás tem limites. Esses limites são impostos por Deus sobre ele. Ele não pode fazer tudo que ele quer, especialmente em relação ao homem.

Por exemplo, a ele não é permitido descer do seu lugar e matar todo homem na terra. Deus não o permite. Ele só pode atacar fisicamente o povo de Deus tendo a permissão de Deus. A história da vida de Jó é um exemplo disso.

Existe, porém, uma brecha nesse limite imposto. Se o Diabo conseguir dominar um homem, ele pode fazer muitas coisas por meio do homem.

Veja bem, o homem não sofre tais limites. Quando Deus o criou deu a ele livre arbítrio. Deus deixou o homem livre – ele é livre para matar, livre para enganar, livre para pecar em todos os sentidos.

Então, quando Satanás consegue dominar um homem, ele pode fazer tudo o que quiser por meio desse homem. As ações de Adolfo Hitler durante a segunda guerra mundial, quando tentou eliminar todos os judeus do planeta, são um bom exemplo disso.

Sabendo disso, Satanás tem um plano secreto. Esse plano é achar um homem por meio do qual ele pode dominar o mundo e cumprir seus propósitos de matar todos os crentes e judeus. Ele quer varrer do mundo todo o povo de Deus. Para ele, isso vai ficar ainda mais importante quando for lançado fora do seu lugar nos céus no tempo do fim. Mas até hoje, ele não conseguiu colocar em andamento esse plano. Parece que tem alguma coisa o impedindo.

Mesmo que ele tenha conseguido dominar vários homens ao longo da história do mundo e ainda hoje esteja usando muitos para fazer o mal, ele tem sido impedido de achar um homem através do qual pode dominar o mundo inteiro. Então, qual é esse impedimento?

A Bíblia nos ensina que é Deus mesmo que impede o Diabo. Entendemos em 2 Tessalonicenses 2:6 que é o poder de Deus que está “detendo” esse plano maligno. Porém, chegará a hora em que esse impedimento será removido.

Nos últimos dias, logo antes do fim, Deus vai permitir que Satanás ache um homem, o domine e através dele coloque em andamento seus planos de massacrar o povo de Deus. Isso será chamado “a grande perseguição” (ou “tribulação”) e também “guerra contra os santos” (Ap 13:7). Preparese, esse tempo está chegando.

Incrivelmente, esse homem vil terá muitos seguidores para ajudá-lo fazer essa matança. Um grande número de pessoas estará enganado e, portanto, o seguirão. Esse engano terá duas fontes: Primeira, o homem do pecado que vai usar todo tipo de engano para iludir seus adeptos (2 Ts 2:10).

Segunda, Deus que também mandará sobre eles “um poder sedutor” ou “a operação do erro” para que eles sejam enganados (2 Ts 2:11). Ele fará isso porque essas pessoas não amaram a verdade, que é, no final das contas, o próprio Deus.

A RELIGIÃO DO ISLÃ

Nós temos falado um pouco sobre o Islã e como ele atuará na vinda do Anticristo. Para entender isso, precisamos saber que o Islã hoje não é um movimento unificado. Essa religião está dividida em várias diferentes seitas. Cada uma tem as suas próprias ênfases, crenças e líderes.

Através dos séculos, desde o seu estabelecimento, o Islã tem sido moldado muitas vezes, por muitos líderes carismáticos, para adequar-se aos seus propósitos pessoais, fazendo surgir, assim, várias facções e credos.

Num desses casos, uma seita do Islã transformou-se, na verdade, noutra religião completamente diferente, como foi o caso da chamada Fé Bahái ou Bahaísmo. Portanto, a possibilidade do Anticristo modificar e moldar o Islã, para adequálo à sua própria agenda, não é muito remota. Isso não seria nada novo.

A minha sugestão é que a besta usará a religião islâmica como um trampolim para ganhar seguidores, mas, depois que ela assumir a posição de grande autoridade e controle, ela a modificará para incluir a si mesmo e o seu real protetor (Satanás) como objetos de adoração. Sua religião será, provavelmente, um tipo mutante da religião muçulmana.

De fato, algumas seitas do Islã estão ativamente esperando que um tipo de “salvador" apareça e os leve de volta àquela antiga unidade e glória. Há milhões de muçulmanos hoje, ansiosamente esperando pela chegada de um líder ou sacerdote ungido, quase sobrenatural.

O Dr. Javeed Akhten, que é o diretor executivo de estratégia e política do Instituto de Chicago, Illinois, no seu artigo intitulado “Cismas e Heterodoxia entre os Muçulmanos”, afirma: “A filosofia xiita é... esperar pelo retorno do oculto sacerdote.”

Mais adiante, ele escreve: “O ‘Hizb ut Tahrir’ (Partido da Libertação – nota do tradutor) é um grupo relativamente novo que tem como seu principal objetivo o estabelecimento do Califa, que será o salvador dos muçulmanos.”

Sem dúvida, o Anticristo ficará feliz em assumir essa posição entre eles. É muito provável que o Anticristo apareça para a comunidade muçulmana como um salvador e unificador. É provável que muitos lhe deem boas vindas como o cumpridor do papel messiânico que estão esperando. Mais tarde, ele moldará essa religião, a fim de adequá-la aos seus próprios intentos.

Paul Williams, um autor que escreveu sobre as crenças dos muçulmanos, explica que, de acordo com alguns: “O Mahdi é o califa corretamente guiado que aparecerá durante os últimos dias da história humana.

A sua vinda é predita pelo Haddith, os ensinos sagrados que suplementam o Alcorão. Em tais escritos, o Mahdi é descrito como a personalidade que trará o ‘Dia do Islã’, quando todos os povos do mundo – fiéis ou infiéis se curvarão em submissão perante o trono de Alá.”

Muitos, sem dúvida, arguirão que a comunidade internacional jamais toleraria um muçulmano radical assumindo o controle de qualquer nação no Oriente Médio. Eles lançariam seu poder militar contra ele para destruí-lo. Provavelmente, eles tentariam fazer exatamente isso. Mas você precisa lembrar-se de quem é o protetor do Anticristo. Ele é o “deus das fortalezas.”

Esse ser espiritual, que é o “príncipe deste mundo” (Jo 14:30), vai, com todo o seu poder, proteger o Anticristo de ataques. Ele será como uma fortaleza especial para o Anticristo. Será praticamente impossível matar alguém com esse tipo de proteção. Ainda um outro fator que o leitor deve considerar é que Deus mesmo está planejando usar o Anticristo. Ele o usará para propósitos variados, incluindo o cumprimento do julgamento divino sobre a Babilônia (Ap 17:17, 18).

Assim, é lógico que Deus também estará protegendo o Anticristo de qualquer um que tente destruí-lo, até que Ele tenha cumprido os Seus planos. Com tanta proteção sobrenatural, será difícil matar o Anticristo!

O FALSO PROFETA

Para ajudá-lo a assumir o poder e a “deidade”, o Anticristo parece possuir um tipo de ajudante ou profeta. Essa figura age, talvez, como um tipo de vice-presidente. É possível que a Besta mesma se mantenha por detrás da cena e permita que esse falso profeta seja o seu “testa-de-ferro”, especialmente com respeito a reivindicar a deidade. Nós lemos que essa figura “...faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta” (Ap 13:12).

Para reforçar a proclamação desse profeta de que a besta é divina, há os seus milagres. Ele recebe a permissão de Deus e o poder de Satanás para realizar milagres incríveis. Essa segunda besta “...também opera grandes sinais, de maneira que até fogo do céu faz descer à terra, diante dos homens. Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu” (Ap 13:13,14).

Talvez você tenha pensado com frequência nesta segunda besta ou falso profeta como um indivíduo qualquer. Mas, biblicamente, ele precisa ser muito mais do que isso. Ele deve ser o governante de alguma nação. Isso nos é mostrado pelo fato de que ele é chamado uma “besta”. Na profecia bíblica, tanto em Daniel quanto em Apocalipse, toda besta que aparece é sempre o líder de um reino.

Em todas as outras visões, cada besta representa tanto do reino quanto do seu governante. Portanto, é inconsistente com o restante das escrituras que o falso profeta, ou a segunda besta, seja um simples indivíduo, sem que haja uma nação por detrás dele. O falso Profeta tem que ser o governante de algum país. Esse é um sinal importante.

A segunda besta não é apenas um líder nacional, mas parece que ela também compartilha o governo com outra pessoa. Nós lemos que essa segunda besta tem “dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão” (Ap 13:11)

Se você se lembrar da nossa prévia discussão sobre o significado dos chifres na profecia bíblica, você se recordará do fato de que os dois chifres numa besta representam dois governantes simultâneos.

Portanto, para que haja consistência, essa segunda besta tem que ser algum tipo de governante adjunto (ou co-governante) de uma nação. Embora isso possa lhe parecer um pouco estranho, nós podemos encontrar algo semelhante a isso no mundo hoje. O Irã, por exemplo, parece ter um sistema de governo duplo, com dois governantes. Ele tem um governo religioso com o seu Aiatolá, ou líder espiritual, juntamente com um governo secular, com seu governante ou presidente. Isso nos daria dois “chifres”.

Talvez as escrituras estejam indicando esse exato tipo de composição. Portanto, nós devemos ser sábios e manter os nossos olhos na situação que se desenvolve no Irã, tanto na liderança, quanto no programa de desenvolvimento nuclear. Com o passar do tempo, essas coisas se tornarão mais claras.

Pode ser que a nação liderada pelo falso profeta seja parte das dez que o Anticristo, ao final, reunirá. Todavia, isso não seria biblicamente necessário. É apenas importante que este país exista e que um de seus governantes se torne um participante muito ativo no domínio do Anticristo.

Parece bastante provável que esta será uma nação que é dominada pelos muçulmanos radicais. Talvez, eles verão o Anticristo como alguém que poderá levar adiante os interesses deles.

A RESSURREIÇÃO DO ANTICRISTO

Outro fator ainda, que promove a adoração da besta, é o que alguns têm chamado de uma “falsa ressurreição”. Evidentemente, o Anticristo não será bem quisto por todos. Em algum momento da sua história, alguém tentará matá-lo.

Por um momento, o Anticristo será invulnerável. Devido à sua proteção sobrenatural, ninguém será capaz de apanhá-lo. Todavia, ao final, alguém conseguirá ferí-lo, talvez fatalmente. Parece que isso será uma ferida na cabeça. Nós lemos: “Então vi uma de suas cabeças como golpeada de morte.”

Mas isso não significa o seu fim ou o fim do seu reino. De alguma forma, essa “ferida mortal será curada.” O resultado do retorno desta morte é que “...toda a terra se maravilhará, seguindo a besta” (Ap 13:3).

É muito possível que essa cura milagrosa seja um resultado do poder do diabo. Provavelmente, Satanás é aquele que curará essa Besta. Certamente, tal magnificente revificação dos mortos fará com que as pessoas – especialmente os muçulmanos que estão à procura de tais coisas – fiquem maravilhadas.

Esse fato aumentaria a estima do Anticristo aos olhos dessas pessoas e serviria para desfazer quaisquer dúvidas que elas pudessem ter. Essa “ressurreição” dos mortos contribuirá grandemente para fortalecer a Besta. Isso lhe dará um tipo de sobrenatural auréola de poder e invencibilidade

Isso levanta outro pensamento: Depois que o Anticristo for ferido é possível que o próprio diabo entre em seu corpo, levando a efeito, assim, certo tipo de cura. Isso pode coincidir, possivelmente, com o tempo em que Satanás será, finalmente, lançado do céu à terra (Ap 12:9,13). Essa pode ser a forma, então, como essa falsa ressurreição será realizada.

Outra possibilidade é que, neste tempo, o espírito de Antíoco Epífanes será retirado de qualquer lugar onde esteja e passará a habitar esse corpo (veja Ap 17:8). Seja lá o que, de fato, venha ocorrer, essa ferida e a sua cura servirão somente para promover a popularidade da Besta.

Final do Capítulo 2

Ler outros capitulos online:

Capítulo 1: AS PROFECIAS

Capítulo 2: O ANTICRISTO (Capítulo Atual)

Capítulo 3: UM “GOVERNO MUNDIAL”

Capítulo 4: O TEMPO DE DEUS

Capítulo 5: PERSEGUIÇÃO

Capítulo 6: A MARCA DA BESTA

Capítulo 7: GUERRA CONTRA OS SANTOS

Capítulo 8: SINAIS IMPORTANTES

Capítulo 9: DIGNOS DE ESCAPAR