Ministério Grão De Trigo

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ANTICRISTO

O TEMPO DE DEUS

Capítulo 4

Anticristo, livro por David W. Dyer

Publicacao Grao de Trigo

Escrito por David W. Dyer

ÍNDICE

Capítulo 1: AS PROFECIAS

Capítulo 2: O ANTICRISTO

Capítulo 3: UM “GOVERNO MUNDIAL”

Capítulo 4: O TEMPO DE DEUS (Capítulo Atual)

Capítulo 5: PERSEGUIÇÃO

Capítulo 6: A MARCA DA BESTA

Capítulo 7: GUERRA CONTRA OS SANTOS

Capítulo 8: SINAIS IMPORTANTES

Capítulo 9: DIGNOS DE ESCAPAR





Capítulo 4: O TEMPO DE DEUS


Deus tem o tempo Dele. Ele não está fazendo as coisas aleatoriamente. Ele também não está improvisando, à medida que o tempo passa – observando como as coisas se desenvolvem e, então, fazendo mudanças de planos apropriadas. Ao invés disso, desde o início, Deus sabe exatamente quando e como cada evento ocorrerá.

Diferentemente de Deus, que é infinito e não está limitado pelo tempo, nós seres humanos somos finitos e limitados, tanto pelo tempo, quanto pelo espaço. Não podemos conhecer o futuro, a menos que Deus o revele a nós. Nós somos completamente dependentes Dele.

Nas discussões concernentes ao fim dos tempos ou ao fim desta presente era, têm havido muita especulação ao longo dos anos. Ensinamentos, opiniões, previsões e interpretações abundaram e ainda abundam. Eu não conheço outra área da interpretação bíblica que seja tão cheia de tanta confusão, diferentes opiniões e erros, como o assunto das profecias concernentes ao futuro.

Muitos dos equívocos do passado aconteceram porque as pessoas interpretaram as profecias das escrituras à luz dos seus eventos contemporâneos. Eles olharam para a Bíblia através das lentes da sua situação sociopolítica. Por exemplo: Muitas pessoas, durante a Segunda Guerra Mundial, pensavam que Hitler fosse o Anticristo. Isto é compreensível. Com certeza, ele foi uma pessoa perversa, que perseguiu os judeus.

Outros têm predito a segunda vinda de Cristo. Talvez, alguns de vocês se lembrem do breve tumulto criado por um pequeno livro, que reivindicava o fato de que Cristo estava voltando em 1988. Nenhuma dessas coisas se mostrou verdadeira.

Entretanto, as ideias apresentadas aqui se prestam a um bom propósito: Elas o farão refletir. Se o homem do pecado se manifestar em nosso tempo, então, há certos eventos que terão que ocorrer para se cumprirem as escrituras.

Esses pensamentos dão ao crente em Jesus direções para as quais ele deve olhar. Se nada acontecer como temos imaginado, tudo bem. Mas se os próprios eventos que temos apresentado, ou eventos similares a esses, começarem a acontecer, então saberemos que o tempo chegou.

UMA FÓRMULA DIVINA

Tendo dito essas coisas, quero enfatizar que Deus nos revela uma parte do Seu tempo. Ele realmente nos dá um tipo de cronologia de eventos para nos orientar. É verdade que ninguém sabe o dia ou a hora da segunda vinda de Jesus (Mt 25:13). Mas, apesar de ser impossível predizer com exatidão as datas dos eventos da Sua vinda, algumas orientações gerais nos são fornecidas. Deus não nos deixou inteiramente na escuridão. Dessas orientações gerais, as minhas prediletas são aquelas dadas por Pedro.

Pedro era um pescador. Ele não era uma pessoa culta. Entretanto, ele se tornou alguém que tinha intimidade com Deus e que O ouvia com clareza. Ao nos ensinar sobre o fim desta era e sobre a segunda vinda de Jesus, ele fala sobre o problema do aparecimento dos céticos.

Ele se dirige àqueles que ao final desta era se depararão com muitos “escarnecedores...nos últimos dias”, que dirão: “Onde está a promessa da sua vinda?” (2 Pe 3:3,4). Ele afirma que essas pessoas “deliberadamente esquecem” de como Deus julgou a terra antes e de como Ele o fará novamente (2 Pe 3:5-7).

Assim, ele adverte aos seus leitores a não se esquecerem de uma coisa. Há um fato importante sobre esse assunto, o qual ele enfaticamente pede que eles não se esqueçam, e este é: “...que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia” (2 Pe 3:8). Aqui, Pedro os está lembrando do tempo de Deus. É algo que o Senhor revelou a ele, e sobre o que ele adverte aos seus leitores (e a nós) a se lembrarem.

Muitos parecem supor que Pedro está simplesmente fazendo poesia aqui. Eles imaginam que ele está meramente dizendo algo como: “Oh, vai ser um tempo longo!”; “Quem sabe quão longo?”; ou, “Nunca se sabe”... “Não se pode prever Deus”... “Ele está tão à nossa frente!” Mas, será isso, de fato, que Pedro está tão ansioso de que lembremos? Será essa a sua resposta ungida para todos os céticos? O que ele realmente pretende comunicar é algo assim tão vago e incerto?

O que aconteceria se tomássemos as palavras de Pedro literalmente? E se ele estiver nos fornecendo uma equação literal? Teríamos, então, uma fórmula divina, inspirada e simples, para o fim dos tempos. A fórmula seria:

um dia = mil anos.

Se aplicássemos essa fórmula aos seis dias da criação e ao sétimo dia de descanso, chegaríamos à seguinte ideia: desde o início, Deus planejou a terra para existir 6.000 anos mais os 1.000 (do Milênio). Isso totalizaria 7.000 anos, ou sete “dias”.

Aplicar essa fórmula dessa forma não é estender as escrituras além do seu contexto. Pedro está falando aqui sobre “o início da criação” (vs. 4), sobre os céus e a terra que foram criados e sobre o futuro julgamento e o fim do mundo. Portanto, é muito lógico aplicar-se a fórmula dessa maneira.

Se assim for, nós esperaríamos o retorno de Cristo acontecer cerca de 6.000 anos depois da criação de Adão. De acordo com vários estudiosos da cronologia bíblica, nós estamos bem próximos dessa data agora. Muitos irmãos entendidos têm traçado o cordão tênue das datas ao longo da Bíblia. Eles fazem o cálculo de suas conclusões, tendo como base as idades de indivíduos, os reinados de reis e outros números indicados nas escrituras. Embora pareça que nem sequer dois deles concordem entre si, todos chegaram à mesma conclusão, aproximadamente.

A conclusão é: Da criação de Adão e Eva até a aliança com Abraão, cerca de 2.000 anos se passaram; de Abraão a Cristo, também cerca de 2.000; de Cristo até hoje, cerca de 2.000. Esse último número é de fácil compreensão. Nós podemos simplesmente olhar um calendário moderno e perceber que cerca de 2.000 anos se passaram desde o nascimento de Cristo.

Portanto, a fórmula de Pedro funciona assim como nós supomos. Desde os seis dias da criação até hoje, mais ou menos 6.000 anos se passaram. Portanto, nós devemos estar esperando o fim dos tempos a qualquer momento. Entretanto, nós devemos nos lembrar de que essas datas não são exatas.

Estudiosos debatem, por exemplo, sobre a data precisa do nascimento de Jesus. Os cálculos de alguns estudiosos da cronologia do Velho Testamento também diferem uns dos outros em cerca de 85 anos. Assim, podemos apenas concluir que estamos agora a cerca de 6.000 anos desde o início.

Outro fator que poderíamos considerar é que a crucificação de Cristo foi uma data muito mais central na história mundial do que o Seu nascimento. Portanto, se contássemos os 2.000 anos a partir da cruz (que teve lugar aproximadamente entre 27 e 33 A.D.), e não a partir da manjedoura, então não deveríamos esperar o retorno de Jesus antes do período de 2.027 a 2.033 A.D. Isso colocaria a segunda vinda em torno de 17 a 22 anos a partir de hoje.

Ninguém deve basear sua fé sobre a base de um cálculo tão rudimentar como este. Mas ele pode nos dar uma ideia sobre onde podemos estar no calendário de Deus.

DOIS EVENTOS IMPORTANTES

Uma outra coisa que sabemos claramente a partir das escrituras é que o “dia” do aparecimento do Senhor não se dará até que dois eventos aconteçam. Um desses é chamado a grande “apostasia” (2 Ts 2:3). Literalmente, isso significa “deserção” ou “revolta”.

Incrivelmente, alguns professores da Bíblia têm tentado transformar esse evento no arrebatamento. Eles ensinam que esta palavra pode significar “partida”. Com base nisso, eles insistem que Jesus não virá até que a igreja tenha “partido”.

É muito interessante notar que a palavra grega aqui é “APOSTASIA”, que é literalmente traduzida como “apostasia”. Desta forma, nós temos a honra de ser a única geração na história da igreja que tem torcido as escrituras a um ponto tão extremo. Nós conseguimos converter a maior apostasia de todos os tempos em arrebatamento. Mas, voltando ao nosso pensamento original, a grande apostasia ou a revolta contra a verdade de Jesus, deve ocorrer.

O segundo evento é que o “homem do pecado” deve ser revelado (2 Ts 2:3). Isso significa que o Anticristo será visto e conhecido pelo que ele é, antes do dia do retorno de Jesus. Não está muito claro, a partir da Palavra de Deus, exatamente quando o Anticristo será “revelado”.

Alguns pensam que isso se dará no início do período de sete anos conhecido como a “tribulação”. Outros especulam afirmando que isso se dará no meio deste período de tribulação, três anos e meio antes do fim.

Mas não há um verso sequer que demande qualquer dessas duas interpretações. É possível que a Besta se levante de uma maneira declarada, muitos anos antes dos eventos que marcarão o início da tribulação. Nós, provavelmente, seremos capazes de reconhecer o Anticristo ao vê-lo envolvido nos eventos que estamos estudando neste livro. Essas coisas poderão ocorrer alguns anos antes que ele consolide o seu poder ou comece a sua perseguição aos santos. O nosso não tão refinado cálculo acima nos deu de 17 a 22 anos até o fim desta era. Subtraindo 7 anos de tribulação, teríamos de 10 a 15 anos, a contar de hoje.

Mas o Anticristo vai gastar certo tempo para estabelecer o seu reino e consolidar o seu poder. Isso não acontecerá da noite para o dia. Desta forma, o Anticristo poderia ser reconhecido por alguns anos, digamos de 10 a 15 anos antes do início da tribulação. Isso poderia significar que agora, ou muito em breve, nós poderemos ser capazes de identificar alguém que está começando a cumprir as profecias que dizem respeito a esse personagem.

Esse cálculo não pode ser tomado como sendo exato ou confiável. Somente o tempo nos dirá se nossas cogitações estão corretas. Mas essas ideias, com certeza, nos dão uma direção para a qual olhar. Elas são úteis como um tipo de ponto de referência com o qual comparar os eventos presentes. Assim, se virmos as coisas se encaixando de acordo com as escrituras que temos examinado, podemos, então, saber que o tempo é breve, de fato.

“ESTA GERAÇÃO”

Outra passagem que tem lugar em nossa discussão é encontrada em Lucas 21. Ali, Jesus está ensinando os Seus discípulos sobre os sinais dos tempos e o fim do mundo. Como parte de Sua dissertação, Ele diz: “Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isso aconteça” (Lc 21:32).

Esse verso tem sido objeto de muito debate. O que Jesus quis dizer por “esta geração” é frequentemente debatido. Entretanto, parece claro que isso precisa incluir a geração que contemplará certos sinais. Entre esses sinais, temos:“...até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles [permanecer em poder dos gentios]” (Lc 21:24).

No ano 70 A.D., o general romano Tito conquistou e destruiu Jerusalém. Desde então, até recentemente, ela esteve sob a dominação “gentia”, ao invés da judaica. Mas em 1967, a antiga e histórica parte da cidade de Jerusalém voltou às mãos dos judeus, depois de quase 2.000 anos.

Esse evento é, provavelmente, o cumprimento do pronunciamento de Jesus mencionado acima. Essas coisas, então, dão-nos conta de que o fim se dará no contexto da geração desse evento.

Alguns, equivocadamente, começaram os seus cálculos a partir do tempo em que Israel tornou-se uma nação, isto é, em 1948. Mas o verso aqui, especificamente, diz “Jerusalém”, não Israel.

Mas, o que é “uma geração” de acordo com a Bíblia? Há versos que mencionam o número de 40 anos. Outros parecem dizer 100 anos. Devido aos seus pecados, os filhos de Israel vagaram pelo deserto até que uma geração morresse. Isso levou 40 anos. No entanto, todo esse grupo que morreu tinha 20 anos ou mais, quando a rebelião aconteceu (Nm 14:29). Dessa forma, alguns dessa “geração” que morreram teriam chegado aos 60 anos de idade, ou até mais, dependendo da idade de cada um, quando eles foram amaldiçoados.

O número de 40 anos na Bíblia deve significar que é preciso quarenta anos para uma geração gerar ou produzir outra geração. Isso não significa que uma geração é limitada a 40 anos. As palavras exatas que lemos em Lucas são “não passará esta geração.” Assim, toda a “geração” que viu Jerusalém retornar ao domínio dos judeus terá que morrer, a fim de que ela “passe”. Isso tomaria 70 anos estimadamente, se levarmos em conta o período de vida do homem moderno.

Mas lembre-se de que esta geração não passará. Portanto, nós precisamos olhar para um período de anos menor que esse, digamos, de 60 anos. Se tomarmos a nossa data de 1967 e acrescentarmos 60 anos, isso nos colocaria em 2027.

Esse número encaixa-se muito bem com os nossos cálculos usando a fórmula de Pedro. Subtraindo 7 anos de tribulação, teremos 10 anos a contar de hoje. Pode-se perceber, sem dúvida, que há muita conjectura envolvida em nossa matemática aqui. Esses números não devem, de forma alguma, ser tomados como sendo exatos. Eles apenas nos dão ideias a respeito do que pode acontecer.

Portanto, a única fonte confiável que temos para crer é Jesus Cristo. Ele é o Único que nos mostrará como os eventos dos nossos dias se encaixam, ou não, nos Seus planos. Somente se estivermos caminhando em intimidade com Ele é que aquele dia não virá sobre nós repentinamente (Lc 21:34).

Final do Capítulo 4

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